O Maior de Todos os Desafios Esportivos Explorado na Sétima Arte
Olimpíadas… O maior evento esportivo do mundo! O sonho com os maiores desafios que todo(a) e qualquer atleta de alto nível persegue, e o que mais se aproxima da perfeição no esporte!
O sonho olímpico que, a qualquer momento, pode se tornar um pesadelo a cada marcação do(a)s juiz(a)s, a medalha de ouro que pode ser conquistada depois de anos de sacrifício e dedicação ou aquela situação em que um milésimo de segundo faltou para bater aquele recorde de décadas.
É muita emoção e, como o Cinema é pródigo nesse sentimento, claro que gerou alguns filmes que nos levam para dentro do espaço da competição, da mente do(a)s atletas e da luta necessária para ganhar uma medalha olímpica.
Na chegada das Olimpíadas de Paris, que começa a partir de 26 de julho, e para entrar no clima, a Woo Magazine apresenta 5 Filmes que trazem na magia do Cinema, as batalhas de atletas na luta por essa cobiçada conquista.
Carruagens de Fogo – 1981 – O filme que “roubou” os Oscars de melhor filme de Os Caçadores da Arce Perdida (é, naquele tempo ainda não havia Indiana Jones como prenome) e de trilha sonora do maestro Jonh Williams, da maravilhosa e espetacular Marcha dos Caçadores, tema do arqueólogo e herói nas horas vagas.
Brincadeiras e um pequeno ressentimento à parte, eis um belíssimo exemplar de filme sobre esportes, baseado na história real de dois atletas no Jogos Olímpicos de 1924 que correram pela Inglaterra: Harold Abrams, judeu e Eric Liddell, protestante escocês, que eram colegas na faculdade de Cambridge e tinham suas próprias disputas e lutas pessoais para superar.
Mostra a preparação e os desafios da equipe de atletismo inglesa e tem ótimas interpretações, num filme no limite do acadêmico, da forma que os votantes do Oscar adoram premiar e os ingleses são mestres em realizar.
E para coroar tudo isso, ainda tem a também espetacular música tema do compositor grego Vangelis, que em diversas ocasiões foi tocada nas Olimpíadas que seguiram nos anos oitenta e até nos anos seguintes, além de ser o tema da nossa Corrida de São Silvestre no final de todo ano.
Jamaica Abaixo de Zero – 1993 – E agora, um clássico da Sessão da Tarde com o saudoso ator e comediante John Candy, sobre um esporte que não é dos mais populares, mas por conta do filme se tornou um pouco mais conhecido: bobsleigh, o trenó em um túnel geralmente de gelo, que chega a incríveis velocidades.
Na história, o treinador Enrico “Irving” Blitzer (Candy), que perdeu uma medalha de ouro por uma irregularidade, reside no país e é convencido a treinar na tropical Jamaica, um time de bobsleigh, para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de 1988 em Calgary, no Canadá.
Esta comédia esportiva do tipo “peixe fora d’água”, é baseada levemente na história real dos envolvidos que estavam acostumados ao calor e sofreram com a preparação para o esporte, o que gera as melhores piadas do filme e que claro emociona no final, além de contar com a música do grande músico jamaicano, Jimmy Cliff, com “I Can See Clearly Now“, que foi sucesso em nossas rádios.
Vitórias de Uma Vida – 2014 – Essa é uma daquelas histórias incríveis de superação, sobre a vida de Gabby Douglas, primeira ginasta negra a se tornar a campeã individual geral e de equipe nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
Em 2016 nos Jogos Olímpicos do Rio ganhou outra medalha de ouro, mas anunciou uma pausa na carreira para lidar com todo o estresse da extrema preparação desse esporte.
Se não bastasse a origem humilde, ser uma das quatro filhas de uma mãe solo e enfrentar todas as adversidades no esporte, ainda foi corajosa ao denunciar para o mundo, os abusos cometidos pelo médico Larry Nasser, integrante do comitê norte-americano, acusado por centenas de mulheres e que hoje está preso, cumprindo pena nos Estados Unidos.
Embora tenha muitas passagens clichês, é um filme necessário e por vezes inspirador, principalmente por tratar de um esporte de precisão absoluta e que de tanta pressão, em atletas do mundo inteiro.

Raça – 2016 – Imagine ser um atleta negro, em plenos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, na Alemanha nazista de Adolf Hitler e além de enfrentar o racismo no seu país, os Estados Unidos, ser mais pressionado ainda pela máquina de propaganda dos alemães Leni Riefenstahl (um trabalho muito bom da bela atriz Carice van Houten) e Joseph Goebbels (sem nuances, sendo o “mal” simples e absoluto), em que vigorava a balela da superioridade ariana.
Pois o Atleta Jesse Owens, foi o bravo vencedor de 4 medalhas de ouro nos 100 metros rasos, 200 metros rasos, 4×100 metros rasos e salto em distância, demolindo o argumento nazista da supremacia, premiando a perseverança e a garra de um atleta vencedor que literalmente, lutava contra tudo e contra todos.
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Tem uma efeciente direção de Stephen Hopkins, mas não evita cair em clichês melodramáticos e a la Bastardos Inglórios, criar factoides para incrementar a narrativa (um encontro que seria histórico e nunca ocorreu, mas melhor assistir ao filme para descobrir).
Destaque para a bela composição e atuação do ator Sthepan James que dá vida ao ícone Jesse Owens.
4 x 100 – Correndo Por Um Sonho – 2018 – E temos sim um representante brasileiro na lista, o único não baseado em fatos reais e um drama competente, sobre uma equipe feminina brasileira de corrida no revezamento 4 x100 que após um incidente, perde a medalha de ouro justamente em casa nas Olimpíadas de 2016 no Rio.
Após a dissolução da equipe que é normal no nosso país, algumas atletas se viram como podem, na dura realidade das mulheres brasileiras, uma delas vai para uma carreira no MMA, até terem aquela chance de redenção nas Olimpíadas de Tóquio em 2020.
Uma curiosidade é que como foi finalizado na época da pandemia, tem espertas e inventivas filmagens na capital do Japão e dos ginásios que foram usados nas competições.
Um filme de boas interpretações, especialmente da atriz Thalita Carauta, geralmente associada a comédias, mas numa performance às vezes densa e introspectiva.
Comenta como não poderia deixar de ser sobre racismo, falta de incentivo nos esportes principalmente com diferença de salários entre mulheres e homens que é mundial, mas que serve para nossa realidade brasileira, num diferenciado exemplar em nossa filmografia.
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