A TV, desde sua invenção, foi e é um importante atrativo dentro da casa das pessoas. Eu, que me mudei faz pouco tempo, não fiz questão de ter uma, mas provavelmente várias outras pessoas não a descartaria dos itens essenciais de maneira nenhuma.
Contudo, entre minhas quase 3 décadas de vida, ela tem sofrido algumas mudanças fundamentais para sua sobrevivência. A programação varia conforme o gosto do público muda e nem sempre é para melhor. Quem viveu a década dos anos 90 certamente lembra de vários programas com quadros duvidosos.
O melhor expoente desses momentos é, sem dúvida, a Banheira do Gugu que, pasmem, era um monte de gente com biquínis e sungas minúsculos, disputando para ver quem pegava mais sabonetes, dentro de uma banheira e que passava durante o almoço de domingo. Incontáveis vezes aparecia mais do que devia (e olha que eu nem estou falando de mamilos). Era uma das coisas mais populares dentro do Domingo Legal, com o apresentador Gugu.
Na década de 90 também explodiu o axé. Bandas com normalmente duas mulheres, um ou dois cantores, fazendo danças sensuais e cantando músicas duvidosas passavam o tempo todo, não importando a hora do dia. Foi um sucesso tão avassalador que o que essas bandas usavam, era moda. Eu me lembro de ter algumas botinhas, mais de um conjunto short-top e ainda o bambolê que o grupo “É O Tchan” vendeu na época.
Mas nem só de coisas questionáveis viveu a década de 90. Havia vários programas infantis que tiveram seu apogeu naquela época. Xuxa, Eliana, Mara Maravilha e Angélica estavam em seus melhores momentos infantis, com programas que faziam a alegria da geração Kid da época. “Melocoton”, Fada Bela, Paquitas e Paquitos eram populares e faziam as crianças sacudirem feito loucas nos estúdios e nem piscar em casa.
Outro canal que marcou esses anos foi a programação infantil da Tv Cultura. “Castelo Ratimbum” e “CoCóRiCó” são os melhores programas infantis produzidos no Brasil (podem não ser os únicos, mas vamos falar só deles). O primeiro contava com atores, fantoches e uma recém descoberta tecnologia colocada por programas de computadores. Com histórias lúdicas que misturava a magia e um pouquinho de situações reais, Castelo Ratimbum educava de uma maneira muito disfarçada. “CoCóRiCó” se passava em uma fazenda, com fantoches, a maior parte do tempo, e também ensinava muito sobre assuntos como natureza, respeito e educação.
Timidamente entrou no ar uma novela infantil, coisa que não era muito popular de ser feita no Brasil. Obviamente houve algumas produções antes dela, mas Chiquititas 97 foi um verdadeiro parte-águas em relação a esse tipo de produção. Com um tema meio dramático, mas de uma maneira leve, a novelinha chegou de maneira despretensiosa e ganhou notoriedade e muitos fãs pelo país.
Essas são apenas algumas de minhas memórias de passagem pela década de 90. Obviamente, haviam outras produções, obviamente havia programas dirigidos para o publico adulto, porém, nesse momento, eu não vou dar ênfase a eles por não ter vivido sobre.
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