A menina que roubava livros, dirigido por Brian Percival, baseado no livro escrito por Markus Zusak, é a incrível história de uma corajosa jovem que sofre com devido aos fortes acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. A saída que ela encontra para poder encarar as dores do momento, é roubando livros. Seu pai adotivo lhe ensinou a ler e a partilhar livros com os amigos, entre eles um homem Judeu que vive na clandestinidade dentro de sua sua casa. Ela se divide entre estudar, ajudar a mãe nas tarefas de casa e o seu lado criança, nas brincadeiras com o seu amigo Rudy. O filme conta com Sophie Nélisse (Liesel Meminger), Heike Makatsch (mãe de Liesel), Nico Liersch (Rudy Steiner) e Geoffrey Rush (Hans Hubermann) no elenco.
De acordo com o Wikipédia, a Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do Mundo, incluindo todas as grandes potências, organizadas em duas alianças militares opostas: os aliados e o eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a 70 milhões de mortes.
Embora o filme não se aprofunde na guerra em si, se aproximando mais das reflexões sobre as perdas, é possível entender um pouco mais sobre o acontecimento. As atrocidades simbolizadas pelo nazismo são bastante cruéis e, ao mesmo tempo, dissimuladas. Diversas são as formas de perdas: de família, mudança de casa, morte de pessoas amadas e partida de outras… A “Morte” é a narradora do filme e acompanha Liesel, a protagonista, e é ela a responsável por nos apresentar tais perdas. Ela mantém as suas emoções equilibradas, às vezes durona outrora sensível, e é assim que sobrevive a todo o holocausto sem deixar a esperança morrer. No decorrer, percebemos que sua relação com as palavras acaba sendo algo único e bonito.
Quando nos deparamos com uma tragédia e perdemos tudo ao nosso redor, entramos em desespero e a algumas pessoas sofrem pela falta de recursos e estabilidade emocional para criarem novos obstáculos e seguirem adiante. No caso dessa personagem, ela tinha recursos para se salvar das perdas vivenciadas e conseguiu enfrentar suas angústias e medos sem perder o equilíbrio, através da sua criatividade, o amigo fiel, o amor pela vida e a conformidade pela morte da guerra.
As pessoas são suscetíveis a diversos choques emocionais, umas conseguem lidar com a situação melhor do que outras, trabalhando o seu psicológico e contornando melhor o momento. Entretanto, uma grande parte das pessoas, não encontram recursos suficientes para enfrentar determinados acontecimentos. Os sentimentos de revolta, vingança, raiva e outros tomam conta, impedindo o desenvolvimento de ferramentas importantes que ajudam a resgatar o equilíbrio emocional e psicológico. Em momentos como esses, criarmos um espaço para podermos falar de tais sentimentos é essencial para um esvaziamento de nosso conflito interno.
Por Marina Andrade
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