Em mais uma parceria com o escritor, a Netflix mostra sua maestria em adaptações literárias de mistério em “Apenas um Olhar”
Fazendo seu dever de casa e continuando uma parceria mais do que frutífera, o escritor de histórias de mistério/suspense, o americano Harlan Coben, tem mais uma obra sua adaptada para o streaming da Netflix e que continua a intrigar a audiência.
A princípio essas séries ou minisséries têm uma pluralidade na escalação de elenco e no caso específico de “Apenas Um Olhar”, até o país é alterado passando dos Estados Unidos para filmagens na Polônia, falado neste idioma e com atores poloneses.
Baseado nas páginas do livro homônimo, a trama se inicia quando Greta, a única sobrevivente desmemoriada de um terrível incêndio em um show de rock, vai revelar fotos da família e se depara com um item estranho e com data antiga contendo pessoas que, a princípio, ela não conhece, só que no meio há alguém muito parecido com seu marido e, após essa descoberta, no decorrer dos próximos dias é abordada por um homem que se identifica como um procurador de justiça, obcecado em descobrir o mistério pela morte da sua filha.
Inicia-se em então um corrida contra o tempo e a favor do suspense, visto que o esposo da protagonista simplesmente sai de casa, desaparece, e todos a volta dela passam a correr risco de vida, pois surge um misterioso, violento e implacável sicário que passa por cima de tudo e todos para cumprir um objetivo que só do meio para o final descobrimos o motivo.
A produção é bem realizada e filmada, considerando diversos cenários externos e realmente traz mistérios e reviravoltas difíceis de adivinhar, diferente de diversos outros exemplares do gênero que pipocam em diversas plataformas.
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Não que isso seja novidade, pois o criador da história já mostrou fôlego em outras adaptações da Netflix com diferentes graus de efetividade e sucesso: “Safe” (2018), “Silêncio na Floresta” (2020), “Não Fale com Estranhos” (2020), “Fique Comigo” (2021), “O Inocente” (2021), “Desaparecido Para Sempre” (2021), “Confie Em Mim” (2022), “A Grande Ilusão” (2024).
Algumas, como apontado acima, com mais de um exemplar em determinados anos e filmadas em diferentes idiomas o que prova o sucesso da empreitada, a imaginação do autor e mais um filão bem explorado pela Netflix que a ajuda na consolidação de seu sucesso mundial.
E a trama não decepciona, abordando desde segredos que as pessoas preferem guardar mesmo que comprometam sua segurança, até histórias que aparentemente não estão interligadas e só se descobre a conexão no decorrer da história, causando uma profusão interessante de causa e efeito que colabora para a imersão e qualidade da obra.
Mas até que tudo seja resolvido, passa-se por um longo caminho de pistas falsas e algumas decisões consideradas errôneas. Afinal, como arquétipos humanos, sem falhas não há histórias. A obra também explora de maneiras distintas a culpa e aspectos bastante cruéis das pessoas em situação limite, além de se tornar um pouco mais rocambolesco e disperso que o necessário.
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O elenco é diverso e as melhores atuações pertencem aos veteranos, mesmo que haja um dos clichês do policial mais velho aconselhando uma mais nova e a conclusão que tudo o que é responsável pela ruína não é a necessidade de sobrevivência ou no caso alguma elevação pessoal, mas sim a “boa” e velha ganância.
Em seu todo, Apenas Um Olhar, é um ótimo cartão de visita e um dos bons exemplares na Netflix a quem deseja outra das séries baseadas nos livros de Harlan Coben.
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix
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