Um furacão de alegria
Muitos de nós já conhecíamos a cantora baiana extrovertida, musical e com voz forte pela sua participação na primeira temporada do “The Voice Brasil”. Ludmillah Anjos, após ser eliminada somente nas finais do programa, conquistou o público e outros palcos do Brasil. De lá pra cá, foi aprovada para viver o papel de Oda Mae Brown, vivido por Whoopi Goldberg no cinema no musical “Ghost”, dirigido por José Possi Neto. Sua participação no musical agradou e após esse desafio, a cantora entrou para o elenco do musical “Homem de La Mancha”, dirigido por Miguel Falabella, que está em cartaz até julho no Teatro Alfa, em São Paulo. Batemos um papo com Ludmillah sobre sua carreira e as novidades planejadas para esse ano.
Como foi participar do The Voice Brasil?
Foi uma das experiências mais incríveis que pude vivenciar. Fiz minha inscrição sem grandes expectativas e, para minha grata surpresa, fui selecionada e cresci a cada etapa da competição, chegando à final, o que era meu maior desejo. Só tenho coisas boas para falar do “The Voice Brasil” e de todas as oportunidades e pessoas que cruzaram meu caminho graças ao programa.
Qual o maior aprendizado que tirou dessa experiência?
São tantos… (risos). Mas acho que o maior aprendizado foi entender que eu não devo nunca deixar de acreditar em meus sonhos. Desde muito nova eu sempre sonhei em viver de música. Por algum tempo eu passei a desacreditar nesse sonho, e minha participação no “The Voice Brasil”, sobretudo por ter conquistado o público sendo exatamente como eu sou na vida, reascendeu esse chama e hoje posso dizer que eu consegui realizar meu grande sonho. Hoje eu sou uma artista realizada e vivo do meu talento.
Esse ano você estreia também como apresentadora num programa sobre música, o “Som Na Caixa”. Fale um pouco sobre essa experiência.
Está sendo incrível. Minha vida sempre foi movida a desafios, e eu sempre encarei-os com muita garra e entusiasmo. Com esse convite não foi diferente. Essa realmente é uma experiência nova pra mim, mas estou acompanhada por uma equipe de primeira que tem me deixado bem à vontade e sempre me direcionando como devo conduzir. Está ficando lindo e eu estou amando!
Como o teatro entrou na sua vida? Foi algo planejado ou inesperado?
Desde adolescente eu participo de grupos de teatro na Bahia. Isso sempre me ajudou muito em meus shows. A mudança para São Paulo e ter sido selecionada para um espetáculo grande realmente foi algo muito inesperado. Mas eu, abusada que sou, abracei essa oportunidade e me entreguei de corpo e alma. Pah!
De lá pra cá você participou de duas grandes produções musicais no teatro: “Ghost” e “Homem de La Mancha”. Como aconteceu o convite para participar dos musicais?
Tiago Abravanel, um amigo querido que a vida me deu, estava de passagem por Salvador e fomos jantar. Durante nossa conversa ele grita “Lud, é você!” eu “Oi? Eu o que Brasil?” (risos) e ele me explicou que estava tendo o processo seletivo para o elenco de “Ghost” e eu tinha muito o perfil da personagem Oda Mae Brown. Não deu outra, corri pra São Paulo, participei das seletivas e ganhei de papai do céu esse presentão. Fiz esse trabalho com todo meu amor e, graças a Deus, a personagem foi bem aceita pelo público e pela crítica. Com toda a repercussão de “Ghost”, fui convidada para as seletivas da nova montagem de O “Homem de La Mancha”, e lá fui eu novamente.
Você esperava a recepção que teve no musical Ghost?
Não. Eu sempre fui muito confiante, mas ao mesmo tempo eu carregava a carga do sucesso que foi a Oda Mae Brown da Whoopi Goldberg, então entreguei nas mãos de Deus e me joguei por inteira. José Possi, diretor do espetáculo, me deixou totalmente à vontade, e com isso eu pude trazer referências pessoais de negritude, de baianidade, e construí nossa Oda brasileiríssima que se tornou um grande sucesso. Graças a essa personagem tive a honra de ter sido indicada como melhor atriz de teatro pelo “Prêmio QUEM 2016”.
Homem de La Mancha, que acaba de reestrear nos palcos de São Paulo, é dirigido por um artista admirado e experiente, Miguel Falabella. Como foi trabalhar com Miguel?
Um presente da vida! Miguel é Miguel, né gente? (risos). Tenho aprendido muito com ele. Miguel tem uma luz que irradia todos à sua volta. Está sendo mágico…
Você pretende seguir com a carreira de atriz se houver outros convites para atuar no teatro ou mesmo na tv?
Lindamente! (risos) Agora que descobri esse outro talento que estava adormecido, ninguém me segura! Nunca abandonarei a música. Quando eu canto meu coração pulsa com mais intensidade. É algo inexplicável!! Mas atuar tem sido algo tão prazeroso que eu fico até triste durante os dias da semana que não tem espetáculo. Graças a Deus tenho conseguido conciliar a carreira de cantora e atriz.
Por Thiago Pach
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Ludmillah é excepcional cantando e atuando! Parabéns pela entrevista!