Na década de 1970, uma manifestação artística surgia em Nova Iorque, depois de alguns jovens decidirem começar a deixar suas marcas pelas paredes da cidade. Essas marcas, eram uma forma de mostrar para a sociedade toda a opressão sofrida pelas classes menos favorecidas.
Esse “grito” através de desenhos e frases nos muros das cidades, logo chegou ao Brasil, primeiramente em São Paulo, com algumas adaptações para as características brasileiras. Ao longo do tempo, as técnicas evoluíram, se tornando grandes obras de arte, mas ainda enfrentam uma enorme barreira.
Em meio à polêmica envolvendo a arte de rua, mais precisamente na cidade de São Paulo, onde diversas obras foram apagadas recentemente, chega aos cinemas o documentário “Olhar Instigado”.
Com direção de Chico Gomes e Felipe Lion, o documentário aborda o tema sob o olhar de três artistas, Bruno Locuras, Alexandre Orion e André Monteiro (o Pato). Acompanhando o processo criativo de ambos, nas noites da grande metrópole, ouvindo seus relatos, pensamentos e sem serem esteriotipados, discute o que é a arte de rua.
Com trabalhos distintos, cada detalhe é captado durante as cenas, mostrando a criatividade e as dificuldades enfrentadas pelo caminho em cada noite. O documentário segue uma linha bem reflexiva, de observação, sem o julgamento do que serio o certo ou o errado.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento. De um lado, o grafite é visto como uma arte urbana, de outro, não passa de poluição visual e vandalismo. Há quem separe a pichação do grafite, e os que acham que faz parte de um mesmo seguimento. O documentário aborda ambas as visões.
“Olhar Instigado” estreou nos cinemas dia 9 de março.
Por Bruna Tinoco
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