Back to the Beginning marcou o fim das atividades ao vivo de Black Sabbath e Ozzy Osbourne
Em um evento histórico que reuniu lendas do heavy metal e levantou milhões para a caridade, o Black Sabbath fez sua última performance ao vivo no megaconcerto “Back to the Beginning” — uma celebração de dez horas em Birmingham, cidade-natal da banda, no último dia 5, que marcou o fim de uma era. Para o guitarrista Tony Iommi, foi mais do que uma despedida: foi uma prova de resistência, amizade e respeito pelo passado.
No palco, Ozzy Osbourne, já com mobilidade limitada, encarou um duplo desafio: fez seu próprio set solo e, em seguida, se reuniu com Iommi, Geezer Butler e Bill Ward para a última aparição da formação original do Sabbath. Mesmo com as limitações da idade e da saúde, a banda entregou um set curto, porém simbólico, com quatro hinos do metal: “War Pigs”, “Iron Man”, “N.I.B.” e “Paranoid”.
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Mas, como revelou Iommi em entrevista ao programa Trunk Nation (via Guitar World), o grupo havia ensaiado mais. “Reunimos seis ou sete músicas nos ensaios. Mas tínhamos que ser realistas sobre o que Ozzy conseguiria aguentar depois do set solo. Eu mesmo achei que ele não deveria ter feito os dois”, comentou o guitarrista. Músicas como “Black Sabbath” e “Fairies Wear Boots” acabaram ficando de fora — esta última, inclusive, foi executada na noite por Alice In Chains.
A presença de Bill Ward, baterista original que não participou da última turnê por questões de saúde, foi uma incógnita até os ensaios finais. “Bill toca algo diferente a cada vez que sobe no palco. Depois de 20 anos sem tocar com ele ao vivo, era impossível saber como seria. Mas deu certo”, disse Iommi com tom de carinho e respeito.
A noite também teve seus imprevistos fora do universo do Sabbath. Jake E. Lee, ex-guitarrista de Ozzy, teve que cancelar sua participação por razões médicas, e seu clássico “Bark at the Moon” foi assumido por uma “superbanda” formada por Nuno Bettencourt, Vernon Reid e o enigmático Papa V Perpetua, sob curadoria de Tom Morello e seu coletivo “Metal Yardbirds”.
Ainda que o foco da imprensa tenha sido a aposentadoria definitiva de Ozzy dos palcos, foi a figura de Iommi quem capturou o sentimento da noite. Aos 76 anos, com um álbum solo a caminho, ele mostra que o riff pode sobreviver ao tempo. Para muitos, a apresentação foi menos um adeus e mais um tributo ao impacto incalculável que o Sabbath teve na música.
Como resumiu o editor da Guitar World, Michael Astley-Brown, o espetáculo foi “um tributo à influência singular de Tony Iommi na história da guitarra”. Para os fãs, foi um último aceno — cheio de gratidão — de uma das maiores bandas de todos os tempos.
Imagem Destacada: Divulgação/Tony Iommi (via Instagram/Fotografia: @rosshalfin, @yvette_uhlmann, @metal__dave)
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