Após um longo período de estagnação, o cinema independente brasileiro reascende!
Recentemente, o setor cultural recebeu um forte investimento através das leis de incentivo, como a Paulo Gustavo. Com o foco voltado para a o cenário independente, novos realizadores poderão ter acesso a uma produção digna e irão colocar suas ideias no mundo. Após um período terrível para o cinema brasileiro, devido a péssimos governantes e uma pandemia que fragilizou o mercado como um todo, finalmente temos um vislumbre de um renascimento para o cinema independente.
O apoio financeiro é ótimo, possibilitando uma produção capaz de pagar a maioria dos custos. Entretanto, isso se limita muitas vezes somente a produção em si, que além de custosa, é cercada de imprevistos. Para pagar um longa-metragem, é preciso um circuito comercial, e hoje essa é uma das grandes dificuldades para o cinema independente.
Leia Mais: Festival Internacional de Cinema de Paraty | A Cidade Vira Palco de Cinema
Qual o grande desafio para o cinema independente?
A imagem do cinema brasileiro para o grande público ainda sofre de um estigma devido a polarização política. Nós, como ávidos consumidores e produtores de cultura, precisamos resgatar o consumo próprio, investir em estratégias de marketing nacional, e estar presente no imaginário do público. E com a viralização de sequências de clássicos do cinema nacional (Auto da Compadecida 2 e Estômago II), é perceptível que o diálogo está sendo estabilizado. Mesmo que de vez em quando soltem um trailer como o de “Transe”, que ‘colabora’ ainda mais para a estabilização da representação que a extrema direita consolidou do que é cultura e os usos da Lei Rouanet. Mas se para o mercado interno encontramos grandes dificuldades, não poderíamos estar mais felizes com as possibilidades que estão sendo abertas externamente.
Está mais que claro que os olhos dos outros países estão apontados para nós. O Brasil está presente de forma cultural e política em todo o mundo. Em princípio, partindo do fato de que somos uma das vanguardas culturais do planeta, já estava mais que na hora de recebermos os holofotes. Com traços fortes e vividos de nossa história exacerbada em signos do nosso dia a dia. Isso sem falar da grande influência que temos em outras culturas.
Leia Mais: 1º Festival de Cinema de Xerém | Estreia com Mais de 40 Filmes e Homenagea Regina Casé e Hsu Chien
Com palco montado para a cultura brasileira, grandes oportunidades internacionais miram a nossa indústria
Existe hoje um apreço fortíssimo de figuras importantes para a indústria do entretenimento com o Brasil. Estamos presentes em beats de produtores de música internacional, como no recente sucesso do último álbum de 21 Savage: RedRum. Ídolos de diversas áreas buscam estar em território nacional fazendo shows, apresentações, exposições e, claro, garimpando o gigantesco público brasileiro. Além disso, Eiichiro Oda, mangaká de One Piece, com certeza se inspirou na história do povo negro brasileiro para criar uma das mais influentes obras da contemporaneidade.
Temos representantes no festival de Cannes, representantes no Coachella, além de outras premiações e festivais do mundo todo. Está na hora de pensarmos grande, conquistar o espaço que há muito é reservado a nós, continuar a nos introduzirmos nos cinemas e nas casas do mundo. Os cineastas que tiverem perfeita percepção do atual cenário e usarem isso ao seu favor com certeza irão conquistar muita relevância e notoriedade. Os desafios são grandes, mas o horizonte de possibilidades é gigantesco!
Imagem: Divulgação/Vitrine Filmes
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.