Em “Covil de Ladrões 2” temos mais um filme para sacramentar Gerard Butler como herói de ação
Parece que assim como Liam Neeson e Jason Sthaham, em “Covil de Ladrões 2”, Gerard Butler achou seu filão de filmes de ação com um certo valor de produção e orçamento de médio porte, para lançar nos cinemas de todo mundo, quem sabe amealhar alguns milhões de dólares em bilheteria e a lembrança do seu nome como herói atual nas telonas.
O longa é continuação do filme de 2018, que à época tinha uma proposta intencional (ou não) de trazer uma vibe do clássico “Fogo Contra Fogo” 1995 de Michael Mann, onde policiais tinham métodos tão controversos e até mais violentos em termos psicológicos do que os bandidos, terminando de forma bastante parecida com o vilão morrendo frente a frente com o policial, e criando mais um tipo “durão” para galeria de Gerard Butler, “Big” Nick O’Brien.
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Beberrão, mulherengo e desagradável no trato com qualquer pessoa que não fosse do seu batalhão, Big Nick se provou eficiente e mortal ao combater ladrões de banco altamente treinados com background e habilidades militares, que terminou com um gosto amargo ao ver Donnie (O’Shea Jackson Jr. filho do rapper e ator Ice Cube, parecidíssimo com ele), a mente responsável por todo plano, escapar por entre seus dedos.
Eis que Nick tem uma segunda chance de pegar Donnie que está aplicando um golpe na Europa para onde ele fugiu no final do primeiro filme, envolvendo o roubo de um certo diamante além de outras pedras, só que há uma grande preocupação, a máfia tem parte em uma das preciosidades guardadas no cofre a ser surrupiado.
A diferença — e que justifica a continuação além da caçada ao esperto Donnie — é que Nick, falido e em aparente desgraça na corporação (tanto é que os membros da sua equipe não tem nenhuma participação no novo filme), propõe ao ladrão uma parceria, e isso significa que agora os outrora adversários terão que se unir sobre o pretexto de uma equipe (chamada de Pantera, subtítulo internacional do filme) já montada e tolerar a inclusão desse intruso sem muitos modos, para não serem denunciados às autoridades e conseguirem seguir com o plano.
O filme escrito e dirigido pelo mesmo Christian Gudegast, do filme anterior, tem mais de 2h de duração e procura não aborrecer o(a)s expectadore(a)s com justificativas muito complexas para essa união (quase desconsiderando o quanto Nick foi implacável no primeiro filme), deixando o protagonista e dono da brincadeira, brilhar como um policial mais relaxado e mais carismático do que aquele bully do filme anterior.
Se bem que a marra característica de Big Nick ainda está lá, só que agora um pouco mais amenizada pelas tiradas cômicas que Gerard Butler consegue com seu ar bonachão. Suas interações com Donnie estão mais leves e revelam uma química maior entre os atores.
Além disso, o principal heist (roubo) do filme, é filmado de forma muito competente e tem cenas de tensão genuínas, que faz a gente torcer pelos ladrões, tamanha a dificuldade da execução do crime.
Ajuda ter um ou outro coadjuvante um pouco mais carismático, como o ator Yasen Atour, interpretando um policial local, Evin Ahmad como uma integrante do bando, algumas cenas de ação elaboradas com perseguições de automóvel em que embora milhares de balas (convenientemente) não acertem seus alvos, o diretor usou cinematograficamente todo arsenal dos filmes de ação modernos: câmera na mão, plongée, uso de drones para acelerar a velocidade das cenas e claro, belíssimas paisagens de países da Europa.
E sim, como no filme anterior, há uma reviravolta um pouco mais manjada, inferior ao primeiro filme, mas que faz sentido pelo que o filme apresentou.
Ou seja, não há novidade, nem tanta testosterona como a primeira vez e ainda é pouco longo, mas como infelizmente filmes de ação não estão em alta e janeiro é o mês de descarte de filmes americanos, vale a pena ver principalmente se você gostou do primeiro.
É Gerard Butler aumentando seu feudo e reclamando para si uma fatia do bolo como herói eventual dos filmes de ação.
“Covil de Ladrões 2”. Imagem Destacada: Divulgação/Diamond Films
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