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CríticaFilmes

Crítica: A Árvore dos Frutos Selvagens

Avatar de Rodrigo Chinchio
Rodrigo Chinchio
10 de abril de 2019 4 Mins Read

5405862.jpg r 1920 1080 f jpg q xO cineasta turco Nuri Bilge Ceylan é conhecido pelos seus filmes de grande duração e que abordam temas existenciais e com características próprias da cultura do seu país. Suas histórias são contadas de forma cadenciada, com planos estáticos e diálogos constantes. Sem dúvida, não é um tipo de cinema para qualquer espectador, principalmente para aquele que espera um clímax a cada cena.  Lhe agrada a construção naturalista da mise-en-scène de suas obras, por isso, como na vida real, a contemplação é mais presente que a ação.

Em “A Árvore dos Frutos Selvagens”, o recém-formado Sinan (Dogu Demirkol) volta para a casa situada em um pequeno vilarejo da Turquia e encontra tudo exatamente da forma como deixou: seu irresponsável pai, o professor infantil Idris (Murat Cemcir ) que torra o dinheiro em apostas de cavalo e que deve para todos, sua mãe (Bennu Yıldırımlar) e irmã (Reyhan Asena Keskinci ) praticamente presas em casa, os amigos e o interesse amoroso ainda vivendo no local e seu quarto abarrotado de livros. Sinan é um jovem que expressa seu ódio pelo povo do vilarejo por meio de seu rosto sempre emburrado, sua postura curvada e as mãos no bolso, como uma espécie de autodefesa contra os ineptos. Com um ar de superioridade, ele vaga pelos campos e ruas sempre divagando sobre a miséria da existência de sua terra natal.

A misantropia, o desprezo pelas origens e a negação dos costumes são evidentes, assim como os problemas de relacionamento com o pai. Afinal, o rapaz se espelhou nele ao ir para a universidade, e pretende passar em um concurso público para também se tornar professor. Por isso, o choque é grande quando vê que seu exemplo paterno se tornou um sujeito repugnante, que não consegue nem sustentar a família. O pai quer apenas se aposentar, criar ovelhas e viver da terra. Terra essa que o aceitou quando, ainda bebê, ficou com o corpo coberto de formigas sem ser mordido. Sinan, ao contrário, pretende ser escritor, tem até um manuscrito escrito que espera um financiamento para ser publicado.

Sinan acredita que seu livro é uma retratação pessoal do vilarejo, mas não consegue financiamento da prefeitura e nem mesmo de um bem-sucedido empresário para publicá-lo, já que, para eles, não há ali nenhuma referência turística que poderia ser benéfica, e sim uma visão um tanto distorcida da região. Mesmo não entendendo completamente a realidade local, Sinan não consegue escapar dela. Isso é evidenciado pela mordida que recebe de Hatice (Hazar Ergüçlü) durante um beijo. Nesta cena, uma forte ventania balança os galhos das árvores ao mesmo tempo que faz o cabelo de Hatice esvoaçar, ligando a floresta com a mulher, como dois entes sobrenaturais em comunhão. A garota tira sangue dos lábios de seu antigo amante, marcando seu lábio e tirando a possibilidade dele fugir. Sem possibilidade de fugir, Sinan vai tentar destruir o que está à sua volta. Como um presente digno daquele recebido pelos troianos, o estudante bem-sucedido na universidade volta com o ódio escondido dentro de si, soltando-o contra quem se mostra um adversário na sua guerra pessoal. Umas das vítimas é um escritor popular que é visto pelo rapaz como um subproduto de uma sociedade boçal. Ou seja, a cultura também precisa ser destruída. O vilarejo onde se passa a história faz parte da província de Çanakkal, que hoje possui um sítio arqueológico da antiga Tróia. O cavalo está presente como monumento e Sinan entra nele, ou entra em si mesmo, já que se trata de um momento de sonho.

Como um estudo de personagem “Árvore dos Frutos Selvagens” mostra todo o processo de aprendizado do protagonista ao desconstruir suas convicções e chocar a realidade com sua ideologia. Ceylan mostra mais uma vez habilidade em construir uma narrativa que, apesar de parecer maçante, é interessante pela proposta. Muito do interesse vem do excepcional último ato, onde a montagem e a fotografia dão o parecer final sobre os destinos dos personagens. É com apenas alguns cortes que o diretor consegue misturar belamente o real com a fantasia sentimental. Imagens de arrependimento mortal saem da cabeça do filho e se materializam em tela, para depois, sobre o olhar do pai, serem desfeitas para os espectadores, que não sabem de inicio se o que vêm se concretizou ou não. Neve e neblina tomam conta dos derradeiros minutos, tornando o horizonte chapado. Apenas com a câmera nas alturas, quase angelical, é possível ver o caminho dourado da estrada cercada pelo branco da neve onde o caminhão que abriga pai e filho os leva para a simples tarefa de buscar feno para as ovelhas. Simples, porém acalentador.


Fotos e Vídeo: Divulgação/ Fênix Filmes

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Tags:

Drama

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Rodrigo Chinchio

Formou-se como cinéfilo garimpando pérolas nas saudosas videolocadoras. Atualmente, a videolocadora faz parte de seu quarto abarrotado de Blu-rays e Dvds. Talvez, um dia ele consiga ver sua própria cama.

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