Ótimo para assistir com os amigos, a “Hora do Massacre” se mostra um filme B divertido e despretensioso
Uma das principais (e um das minhas favoritas) vertentes do gênero de terror são os longas que se apropriam da “mecânica” de gato e rato. Mas não digo filmes sobre perseguição ou com um assassino implacável atrás de suas presas, digo no sentido “Tom & Jerry” da coisa. Inimigos que trocam constantemente o papel de predador e presa, com planos mirabolantes para capturar seu inimigo. Um ótimo exemplo é o incrível “Eu vi o diabo” de 2013, sendo um dos principais representantes do subgênero. E bem, não tendo a mesma força narrativa e muito menos o mesmo orçamento, “A Hora do Massacre”, encabeçado pelo trio RKSS composto por François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell consegue se mostrar divertido ao pintar um cenário sangrento dentro de uma loja de móveis planejados, semelhante a uma Tok & Stok do inferno.
Se a ideia pareceu absurda no parágrafo anterior, por favor, tenha calma… eu nem apresentei os personagens! Os “ratos”, ou melhor, os “animais” a serem caçados são um grupo de jovens ativistas que invadem a loja durante a madrugada. Esvaziados de uma motivação, o grupo depreda itens feitos com madeira florestal e outros itens que, sim, fazem mal ao ecossistema do planeta, enquanto reproduzem discursos prontos ao gravar vídeos com suas mensagens de ordem. O “caçador” é um segurança com problemas de raiva que, devido a um problema durante sua ronda no dia anterior, terá de trabalhar no turno da noite durante todos os fins de semana do próximo mês. Então, sim: esse homem tem ótimos motivos para iniciar um massacre.
Falta criatividade no ponto principal do longa…
E dessa forma, em poucos minutos, se inicia a sucessão de eventos que envolvem armas improvisadas, armadilhas engenhosas, e muita burrice de todas as partes. Perfeito. Nos primeiros 20 minutos de filme, a partir do momento que eu entendi que deveria desligar o córtex frontal e curtir o gore, foi o quê fiz! Mas como dito anteriormente, é um filme que visivelmente possui um orçamento limitado, e talvez por esse motivo, a violência esperada se mostrou tímida. Temos bastante sangue em tela, e umas ideias interessantes para as mortes. Mas faltou uma originalidade que está presente em diversas cenas do longa, envolvendo principalmente o segurança e seus preparativos para a caça.
Caça que, inclusive, se torna muito interessante a partir do momento que nós passamos a detestar grande parte dos personagens. São jovens insuportáveis, e talvez a coisa mais divertida a se fazer durante o filme é tentar uma espécie de bingo ou apostas para saber qual será o próximo a conhecer o outro lado.
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Um filme cômico, que parece reconhecer a sua falta de seriedade e decide extrapolar os porquês para priorizar a ação. A grande questão é que a diferença entre esse filme e uma jogatina de Dead by Daylight é ínfima. Até a ideia dos jogadores se comunicarem por Discord tá no filme…
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