Haley Lu Richardson e Ben Hardy levam nossos corações as alturas no novo romance da Netflix.
O novo romance da Netflix, “Amor à Primeira Vista”, estreou na sexta feira 15 de setembro, e chegou para aquecer os corações e tirar suspiros de seus assinantes, mas, não consegue arrancar suas lágrimas.
Na trama acompanhamos Hadley e Oliver, dois jovens estranhos que, por um voo perdido e um cinto com defeito, começam a se aproximar cada vez mais e a nutrir um sentimento um pelo outro, porém, após chegar ao destino eles se desencontram e começam a se questionar se devem procurar um ao outro ou não, enquanto tentam lidar com os seus dramas pessoais.
O filme original Netflix é a adaptação do livro “A probabilidade estatística do amor à primeira vista”, romance adolescente de 2013. Agora, 10 anos após sua publicação, ele é adaptado às telinhas pela gigante do streaming, com direção da inglesa Vanessa Caswill, conhecida por alguns curtas metragens e a mini-série “Thirteen” na BBC.
No seu filme, Caswill mostra suas garras fazendo o telespectador ficar no sofá torcendo para que tudo dê certo aos personagens do início ao fim, isso porque a forma como ela os filma e mostra sua aproximação através de pequenos espaços, como a cabine de um avião, é muito eficaz. Sua câmera tem movimentos suaves e belos enquadramentos. Claro que há também o mérito da direção de fotografia que ilumina as cenas com cores que conseguem transmitir o sentimento que o momento pede.
Entretanto, sejamos justos, o grande mérito do filme são seus protagonistas Haley Lu Richardson (Hadley) e Ben Hardy (Oliver), que conseguem transmitir muita química juntos, o que é fruto de suas atuações dedicadas e de uma boa direção de cena, que conseguem entregar uma performance interessante de se acompanhar. Por isso, não se assuste caso perceba estar com um sorriso de canto de boca durante algumas cenas. Completando o elenco, temos Sally Phillips, Rob Delaney, Dexter Fletcher e Tom Taylor.
Assim como o material original, o filme também é narrado em terceira pessoa pela magnífica Jameela Jamil, que trabalha aqui como uma divertida narradora, e as vezes uma facilitadora para o roteiro, o que poderia ser um problema ou caracterizar-se como preguiça da roteirista Katie Lovejoy, mas graças ao tom de fábula meio shakespeariano, em vários momentos a intromissão da narradora na trama consegue ser justificada pela sua comicidade e pela diversão que gera.
O Longa também tenta em várias cenas arrancar lágrimas dos seus telespectadores com discursos proferidos pelos seus personagens, mas não consegue atingir o sucesso (pelo menos não conseguiu comigo). Em uma cena, inclusive, me fez lembrar de “A Culpa é das Estrelas”, só que nem de longe consegue o mesmo impacto que o projeto citado conseguiu, o que pode te tirar uma ou duas vezes do clima, mas logo consegue te engajar novamente graças aos dois diferentes pontos de vistas que cercam a narrativa.
No geral, “Amor à Primeira Vista” é um filme fofo, agradável e até divertido em sua maior parte, com boas atuações e alguns diálogos interessantes. Um romance clichê, porém, bem feito que merece uma conferida no catalogo. Veremos, contudo, se ele vai entrar para a biblioteca de boas adaptações da Netflix na visão do público.
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