Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: O escafandro e a borboleta

Avatar de Convidado Especial
Convidado Especial
4 de março de 2017 3 Mins Read
Piscando para existir

16730960 1649317575362650 1838390914 n

Imagine ser um profissional conceituado, com uma rotina dinâmica e até mesmo dotada de um certo glamour, e subitamente encontrar-se encarcerado dentro de seu próprio corpo.

Isso aconteceu a Jean-Dominique Bauby, editor chefe da revista Elle, aos 42 anos de idade. Um AVC o deixou inteiramente paralisado e sem fala, sobrando-lhe apenas um olho para poder se comunicar.

A abertura do filme é irônica e melancólica. Imagens de radiografias se sucedem ao som de “La mer”, um clássico francês na voz de Charles Trénet. Em seguida, o espectador é convidado a se sentir tão aflito quanto Jean-Do: as imagens são feitas a partir do ponto de vista dele, que acaba de abrir os olhos depois de um coma de três semanas. Igualmente angustiante é o momento em que um médico dotado de pouca sensibilidade comenta sobre o prazer de ter esquiado nas férias, para em seguida costurar um olho sem irrigação: não vemos a sutura pelo ponto de vista do médico e sim do paciente: um espaço de visão que vai progressivamente se fechando.

Duas beldades se encarregam de tentar algum progresso para o estado de Jean-Do: Henriette  (Marie-Josée Croze), fonoaudióloga, e Marie (Olatz López Garmendia), fisioterapeuta. A escolha das atrizes não foi por acaso: as duas são extremamente belas. Marie tem uma sensualidade marcante e chega a ser torturante para Jean-Do quando mostra os exercícios que deve fazer com a língua para que possa aprender a engolir; Henriette propõe o uso do alfabeto em uma ordem especial para que ele possa se comunicar: ela diz letra por letra e ele deve piscar uma vez para cada letra escolhida. Um processo exaustivo e aparentemente desanimador, mas com resultado surpreendente: o filme, com roteiro de Ronald Harwood, é uma adaptação do livro autobiográfico que Jean-Do escreveu desta forma.

Pelo próprio estado de impotência do personagem – que não é apenas sexual – o diretor Julian Schnabel optou por enfatizar bastante a beleza feminina, mas sem resvalar para o vulgar. A câmera sempre passeia por bocas, olhos, pernas, cabelos esvoaçantes. Celine (Emmanuelle Seigner), ex-esposa de Jean-Do e mãe de seus filhos, é uma presença forte e meiga ao mesmo tempo, ressentida da atual mulher, que não teve coragem de aparecer no hospital. Outra personagem significativa é Claude (Anne Consigny), que pacientemente faz as anotações para o livro de Jean-Do.

16710337 1649317602029314 1780285449 o

“Eu decidi parar de ter pena de mim mesmo. Além do meu olho, duas coisas não estavam paralisadas: minha imaginação e minha memória.  Eram as duas maneiras de poder escapar do meu escafandro.”

O filme utiliza muito bem o recurso de imagens simbólicas,  a começar pelas presentes no título: o escafandro submerso representando o encarceramento do personagem; a borboleta saindo do casulo representando a liberdade da imaginação; geleiras que desmoronam como a realidade do protagonista; o enorme olho que ocupa a tela quase se tornando um personagem autônomo.  Além disso, a bela fotografia explora o cenário um tanto solitário dos arredores do hospital, a praia em que as crianças brincam no Dia dos Pais, as viagens na estrada. A trilha sonora tem um papel forte ao longo de todo o filme, sublinhando imagens impactantes ou simplesmente poéticas. Um excelente trabalho de Paul Cantelon.

Finalmente, importante destacar a participação de Max Von Sydow como Papinou. A relação pai e filho é mostrada através de uma atividade aparentemente cotidiana mas significativa, enquanto ambos comentam sobre a vida – vida que para o filho terminaria dez dias após a publicação do livro que deu origem ao longa.

“O escafandro e a borboleta” é um filme que pode gerar certa angústia quando lembramos que se trata de uma história real; mas é belamente construído com imagens, sons e palavras que o transformam em uma obra que vale a pena ser vista.

https://www.youtube.com/watch?v=N4yY1yedPEc


Neuza Rodrigues

Reader Rating1 Vote
9
9

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

BiografiaCinema FrancêsDramaNetflix

Compartilhar artigo

Avatar de Convidado Especial
Me siga Escrito por

Convidado Especial

Outros Artigos

Korn
Anterior

Do rock ao pop: Desde 1985 o Rock in Rio é para todos

capa sangua
Próximo

Do Risco de Viver

Próximo
capa sangua
4 de março de 2017

Do Risco de Viver

Anterior
3 de março de 2017

Do rock ao pop: Desde 1985 o Rock in Rio é para todos

Korn

One Comment

  1. Avatar de Gleicy Favacho Gleicy Favacho disse:
    5 de março de 2017 às 18:52

    Amo esse filme, é lindo demais. E o que é esse ator? Sou apaixonada.

    Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade

Posts Recentes

Rodrigo Teaser no espetáculo "Tributo ao Rei do Pop", ao lado de outros dançarinos, em cena de Thriller.
Tributo ao Rei do Pop | A Grandiosidade de Rodrigo Teaser em Cena
Thiago Sardenberg
Rodrigo Santoro como Crisóstomo, protagonista do longa "O Filho de Mil Homens", destaque da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2025. Ele está maltrapilho, roupas bege, sentado/caído no chão arenoso e com pedras ao fundo. Há uma paisagem com grama em tons marrom ao fundo e uma casinha azul.
49ª Mostra de Cinema em São Paulo | Conheça os Primeiros Filmes Selecionados
Rodrigo Chinchio
Imagem captura de tela usada como divulgação da primeira temporada da animação da Netflix "Samurai de Olhos Azuis".
Samurai de Olhos Azuis | A Volta de Uma Obra Prima da Animação pela Netflix
Roberto Rezende
Jason Bateman, de cabelos longos, com a mão nos ombros de Jude Law. Ambos olham com espanto para o outro lado da tela. Ambos interpretam os protagonistas da futura série de Netflix "Black Rabbit".
Black Rabbit | Série da Netflix Traz Os Astros Jude Law e Jason Bateman Como Irmãos em Perigo Contra Gângsters Em Nova York
Roberto Rezende
Daniel Day-Lewis e Sean Bean em uma mata aparentemente tropical no filme "Anemone", trajados de um verde militar. O protagonista está de perfil, enquanto Sean olha para baixo em direção ao protagonista.
Anemone | Daniel Day-Lewis, O Monstro, A Lenda, Volta a Atuar em Filme Dirigido Pelo Filho
Roberto Rezende

Posts Relacionados

Rodrigo Santoro como Crisóstomo, protagonista do longa "O Filho de Mil Homens", destaque da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2025. Ele está maltrapilho, roupas bege, sentado/caído no chão arenoso e com pedras ao fundo. Há uma paisagem com grama em tons marrom ao fundo e uma casinha azul.

49ª Mostra de Cinema em São Paulo | Conheça os Primeiros Filmes Selecionados

Rodrigo Chinchio
25 de agosto de 2025
Imagem captura de tela usada como divulgação da primeira temporada da animação da Netflix "Samurai de Olhos Azuis".

Samurai de Olhos Azuis | A Volta de Uma Obra Prima da Animação pela Netflix

Roberto Rezende
25 de agosto de 2025
Jason Bateman, de cabelos longos, com a mão nos ombros de Jude Law. Ambos olham com espanto para o outro lado da tela. Ambos interpretam os protagonistas da futura série de Netflix "Black Rabbit".

Black Rabbit | Série da Netflix Traz Os Astros Jude Law e Jason Bateman Como Irmãos em Perigo Contra Gângsters Em Nova York

Roberto Rezende
25 de agosto de 2025
Daniel Day-Lewis e Sean Bean em uma mata aparentemente tropical no filme "Anemone", trajados de um verde militar. O protagonista está de perfil, enquanto Sean olha para baixo em direção ao protagonista.

Anemone | Daniel Day-Lewis, O Monstro, A Lenda, Volta a Atuar em Filme Dirigido Pelo Filho

Roberto Rezende
25 de agosto de 2025
  • Sobre
  • Contato
  • Collabs
  • Políticas
Woo! Magazine
Instagram Tiktok X-twitter Facebook
Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
Banner novidades amazon