É bom assistir uma história que independe de um lugar comum dentro do seu gênero para se mostrar relevante. No caso de “Raya e o Ultimo Dragão”, o incomum já começa pela divulgação do longa, bem menor do que poderia ser para algo de tão boa qualidade e, seguido disso, a sua história que, acompanhando tramas como “Moana” e “Frozen”, traz uma protagonismo feminino forte e independente. Além de conseguir trabalhar de forma boa um viés cultural implicado a história.
Para abordar os aspectos da produção, é preciso apresentar a premissa que se baseia na cultura do sudeste asiático. Na trama apresenta o mundo de fantasia de Kumandra, que é uma nação dividida após séculos de disputas pelo ultimo fragmento de magia de dragão. Dragões estes que deram sua própria vida para defender a humanidade de um mal que transformava todos em pedra. Mas, após ser traída, Raya, uma das protetoras do ultimo fragmento de magia de dragão vê o mal ser novamente liberto e voltando a assolar toda a nação. A partir desse momento ela precisa buscar esperança em uma lenda sobre o ultimo dragão que poderia ser a única salvação da humanidade, ou um motivo para a união da mesma.
O primeiro aspecto a ser notado no longa é claramente o cultural e, se há algo que costuma ser relevado atualmente é como produções americanas, principalmente da Disney, se apropria de histórias e culturas que não são suas para produzir longas estereotipados. Nota-se que em “Raya e o Ultimo Dragão”, há um esforço para ser respeitoso com a cultura ao mesmo tempo que não é forçado um estereotipo nos personagens, trazendo algo mais leve e bonito de se assistir.
Também temos uma animação visualmente muito interessante. Com muitos frames bonitos e que se apropria bem da história apresentada para trazer isso no aspecto visual.
Outro fato que não pode deixar de ser citado é o desenvolvimento da protagonista que ganha nuances bem interessantes e motivações fortes, algo que nem sempre vemos em uma animação. Assim como acontece com o desenvolvimento da antagonista, que na verdade, é apresentada, desde o início, como alguém que não é de todo mal e sim com bons ideais, mas que não toma atitudes corretas para alcança-los.
Em questão do roteiro, nota-se uma dose bem calculada de humor, drama e desenvolvimento dos personagens a partir do diálogo. E, no final, uma reviravolta na escolha do que ocorre pode surpreender o espectador.
Por fim, não podemos deixar de falar na mensagem que “Raya e o Último Dragão” traz. O filme consegue abordar de forma sensível o que pode provocar a ganância e a maldade humana, e como isso é prejudicial para aqueles que praticam o mal e os que estão a sua volta.
Então, para aqueles que estão buscando uma boa diversão para toda a família, além de um longa otimista e que passa um mensagem muito agradável, confira sem medo “Raya e o Último Dragão”.
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