Os mais desavisados podem se perguntar: Onde está o Chewbacca, o Han Solo, o Luke Skywalker, o R2D2, o C3PO…? Dois deles fazem breves aparições e os outros ainda não faziam parte do universo na linha temporal de Rogue One. Também, salvo uma única cena, não temos sabres de luz nesse filme, nem por isso ele deixa de ser um legítimo Star Wars em sua aura e significado, principalmente para os fãs, não só dos filmes clássicos, como também os de todo o universo expandido. Mas, vamos falar um pouco sobre esse mais novo ícone da cultura pop.
“Rogue One: Uma História Star Wars” começa com o império invadindo o esconderijo do engenheiro Galen Erso – responsável pelo projeto da estrela da morte – levando-o como refém e fazendo com que sua pequena filha, Jyn Erso, fuja. Damos um salto no tempo e vemos Jyn já crescida, agora presa, e também somos apresentados para os personagens que formarão o mítico grupo que dá nome ao filme.
Todo o grupo se forma em meio à batalha, no caos, como se a força conspirasse para justá-los. Além de Jyn, há o piloto enviado por Galen Erso, a fim de informar à resistência sobre a arma de destruição de planetas, o rebelde anteriormente designado para matar Galen, o meio Jedi cego e seu companheiro e um robô construído pelo império, mas que sofreu engenharia reversa pela resistência. Nota-se que é um grupo de renegados, que lutam contra o império, mas também que se voltam contra o acovardamento da resistência em recuperar os planos da estrela da morte e engendrar a destruição da mesma, já que Galen Erso implanta na construção da arma uma maneira de destruí-la.
Com essa premissa, Rogue One é construído como um filme de guerra, nas trincheiras sujas e com soldados cobertos de poeira. É o filme mais violento da franquia, não economizando nas mortes, apesar de quase não mostrar sangue.
A direção de Gareth Edwards é segura ao mostrar as batalhas em planos abertos, situando muito bem o espectador em meio ao caos, assim como optar por alguns planos sequencia, com a câmera nas costas dos personagens, dando a impressão de realidade em um cenário fantasioso. Mas o filme também se apoia nos cortes rápidos, dando agilidade às batalhas no chão e no espaço.
A direção de fotografia aposta em uma paleta de cores mais voltada ao cinza e ao marrom, nas cenas da resistência esfarrapada, ligando-os ao conceito de guerrilha; mudando para negro e branco do império, com seus ambientes cheios de luz e sombra. As sombras são usadas para marcar ameaça do império, como a estrela da morte eclipsando uma lua, e também para maximizar a persona dominante de Darth Vader, como na cena em que a sua silhueta gigante cobre a figura frágil do diretor Orson Krennic, ou quando ele surge na tela escura acendendo seu sabre de luz.
A direção de arte é primorosa ao fazer com que o filme pareça ter sido filmado na década de 70 em alguns momentos, confeccionando ambientes, objetos de cenas e figurinos idênticos aos clássicos. Evidentemente deveria ser dessa forma mesmo, porque se trata de uma história passada antes do primeiro filme, mas a perfeição e o cuidado com esses fatores me obrigam a comentar. Personagens queridos também fazem breves aparições, transformando a experiência ainda mais prazerosa.
Mesmo se tratando de um filme basicamente de ação, o elenco, em sua maioria, não trabalha no automático, tendo a maravilhosa Felicity Jones dominando a tela. Sua Jyn Erso nos transmite ternura, raiva e esperança com tanta naturalidade, que acreditamos em cada lágrima e expressão que a atriz expõe. Diego Luna, Ben Mendelsohn, Forest Whitaker e Mads Mikkelsen atuam com suas já conhecidas competências.
Quem já é maniaco por Star Wars vai chorar, quem ainda não é, terá uma bela prévia, para assim começar a assistir o restante dos filmes da série, mesmo os episódios I, II e III. Depois que se é picado pelo bichinho do universo criado por George Lucas, não há mais volta.
“Rogue One”, uma história nunca antes contada, uma história Star Wars. May The Force Be With us.
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