Então Hollywood ataca mais uma vez. Onde histórias e criatividade não faltam, também não é escasso o mais do mesmo, ou literalmente cópias e apropriações de enredos. O foco principal: ganhar dinheiro. Sendo assim, não é por acaso o apego a nostalgia que tomou conta dos lançamentos de blockbusters na última década. A nostalgia vende. Assim “Space Jam: Um Novo Legado”, não é mais que somente outra continuação de um clássico, que para a gente assidua de sentimento melancólico. Ainda assim, pelo menos aqui, diferente do que ocorre com outras várias franquias, temos alguma qualidade na produção.
Dessa forma, “Space Jam: Um Novo Legado” recorda o filme original já nos primeiros minutos. A introdução de Lebron James é básicamente no mesmo formato que a feita com Michael Jordan. A diferença do novo longa está internalizada no conflito familiar que dá base para o desenvolvimento do roteiro escrito por Keenan Coogler, Terence Nance.
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Ainda em relação ao roteiro, o longa é bem perspicaz na forma que encontra de trazer o universo de “Space Jam” para os dias atuais, inserindo as questões tecnológicas. Outro aspecto positivo, é a dosagem e o tempo da comédia, que ajuda muito a preencher o vazio de um história que se apega ao lúdico e é pouco rica em construção dos seus personagens (até por esses serem bastante conhecidos). Além disso, o roteiro dedica grande parte do tempo para inserir easter eggs – e eles são os mais diversos possíveis. Isso é até agradável, mas em determinados momentos, o excesso de informação tira o foco.
Enquanto isso, a direção de Malcolm D. Lee é tão eficaz quanto a do original ao unir as sequências com personagens animados e pessoas reais. Por sua vez, a animação em si, mantém a qualidade nos traços dos personagens e suas essências, além de trazer uma remasterização, saindo do 2D para o 3D em determinado ponto do filme.
Quanto a LeBron James, o longa não exige tanto do seu personagem, e nas poucas partes que exige ele se sai bem. A interação entre ele e os Looney Tunes é bastante agradável e rende momentos bastante divertidos.
Já a partida de basquete que é o grande ápice do filme, possui altos e baixos. Ao mesmo tempo que a loucura é entendível, alguns aspectos soam preguiçosos no desenvolvimento, principalmente em relação ao vilão. Mas nada que atrapalhe a grande brincadeira que o filme se torna nesse momento que antecede o final da história.
Por fim, podemos afirmar que o objetivo nítido do filme de agradar um público amplo, que vai do mais nostálgico até a nova geração, foi atingido. A história é leve e agradável, diverte e prende o espectador.
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