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CríticaFilmes

Crítica: Um Dia de Chuva em Nova York

Avatar de João de Queiroz
João de Queiroz
14 de novembro de 2019 5 Mins Read

Um Dia de Chuva em Nova York poster

Em uma cena de “Um Dia de Chuva em Nova York”, Gatsby Welles (Timothée Chalamet) se indaga: “por que as mulheres têm atração por homens mais velhos? São todos decrépitos! O que tem de atraente em perda de memória recente”? A isso, ele segue falando sobre como não deseja envelhecer e que espera ter problemas de saúde aos 40 anos. Entretanto, ao mesmo tempo em que emite essas palavras, Gatsby está vestindo um blazer de tweed e fumando numa piteira, como se fosse alguém da primeira metade do século XX que, por obra do acaso, foi parar na Manhattan dos dias atuais.

Esse paradoxo entre o desprezo pelo velho e o apego doentio ao passado já se escancara no próprio nome do protagonista. Numa estratégia nem um pouco sutil, mas eficiente em suas intenções, o diretor e roteirista Woody Allen confronta o cineasta Orson Welles com a personagem literária Jay Gatsby: um dos artistas mais visionários dos últimos cem anos em oposição a um homem cujos feitos têm como objetivo recuperar um idealizado amor do passado. Ao mesmo tempo em que detesta as instituições (matrimoniais, acadêmicas, familiares), o protagonista é apaixonado por antigos filmes hollywoodianos e canções de jazz, o que faz dele uma figura anacrônica, para a qual tentar viver um passado do qual nunca desfrutou é uma forma de se desvencilhar das tradições que persistem na sociedade contemporânea. Se a perda de memória recente é sinal de decrepitude, lembrar-se de tempos longínquos é uma demonstração de vitalidade.

Em contrapartida, a namorada de Gatsby, Ashleigh (Elle Fanning), segue a direção contrária: ao invés de fantasiar com o passado, ela vislumbra as possibilidades do futuro. Enquanto Gatsby está na universidade muito mais por pressão de seus pais do que por vontade própria, Ashleigh deseja ser uma jornalista renomada. Se ele sonha com uma Nova York idílica, ela sonha em ganhar um Pulitzer, mesmo que não saiba muito bem como. O primeiro encontro entre Ashleigh e Roland Pollard (Liev Schreiber), cineasta sobre o qual a jovem deve escrever uma matéria, ilustra muito bem essa vontade meio desengonçada de atingir seus objetivos. Nessa cena, Allen e o diretor de fotografia Vittorio Storaro enquadram Fanning sentada em um sofá, atrás do qual há uma parede branca rabiscada. Ademais, seu rosto é constantemente iluminado pela luz solar, que se torna mais intensa à medida em que ela se sente mais confortável em entrevistar e dar conselhos ao cineasta. Se por um lado, os rabiscos na parede expõem a inexperiência da jovem, a luz do sol indica a sua força de vontade em atingir as suas metas e a sua visão clara de onde quer chegar – o que se opõe ao paralelismo criado entre Gatsby e a chuva, que torna os céus nebulosos, bloqueando a claridade.

Um Dia de Chuva em Nova York 1

Entretanto, apesar dessa interessante justaposição de duas visões distintas, Allen tem dificuldade em deixar ambas as partes do filme igualmente envolventes. No geral, o trecho protagonizado por Gatsby, perambulando por Manhattan enquanto espera sua namorada voltar da entrevista, é o mais bem-sucedido, pois parece ser onde o diretor está realmente à vontade. Em primeiro lugar, porque a personagem de Chalamet é um típico alter-ego de Allen, isto é, a figura neurótica, melancólica, cínica e pedante que o diretor já apresentou inúmeras vezes antes; e em segundo, pois as relações que Gatsby constrói com sua mãe (Cherry Jones em breve, mas ótima performance) e Shannon (Selena Gomez), irmã mais nova de uma antiga namorada sua, são as mais bem-resolvidas do longa, aprofundando de forma satisfatória o conflito existencial da trama.

Por outro lado, a metade dedicada a Ashleigh, em teoria, é a que causa maior curiosidade, especialmente ao levar-se em consideração o estado em que se encontra a carreira de Woody Allen. Com o fortalecimento do movimento #metoo, voltaram aos holofotes as acusações de abuso sexual feitas por Dylan Farrow contra seu próprio pai em 1992. Apesar do diretor ter sido inocentado à época, as circunstâncias em que teriam acontecido o crime nunca foram bem esclarecidas e ambas as partes mantiveram suas posições inalteradas desde então. Logo, por mais que o caso sempre voltasse à tona de tempos em tempos, nos últimos anos ele ganhou uma proporção gigantesca, levando Allen à lista negra de Hollywood e ao engavetamento de “Um Dia de Chuva em Nova York”, que só agora chega aos cinemas (e ainda assim, não nos EUA).

Resumidamente, o plot de Ashleigh acompanha a estudante de jornalismo à procura de Pollard, que desaparece ao ter uma crise existencial; ao tentar encontra-lo, Ashleigh conhece outros dois homens que tentam ajuda-la: o roteirista Ted Davidoff (Jude Law) e o galã Francisco Vega (Diego Luna). Ao fim, todos os três homens acabam se interessando por ela, seja emocional ou sexualmente. Por um lado, esse tipo de situação – homens mais velhos se envolvendo com mulheres mais jovens – é corriqueira na filmografia de Allen; por outro, essa é uma das características mais controversas de sua obra, sendo debatida, pelo menos, desde que o diretor se casou com Soon-Yi Previn, filha adotiva de sua antiga companheira Mia Farrow (que também é mãe de Dylan).

Um Dia de Chuva em Nova York 7

Considerando-se isso, a trama de Ashleigh parece ser uma resposta às acusações feitas a ele, mesmo que os argumentos de Allen sejam, no mínimo, atrapalhados. Apesar de sua aparente ingenuidade, em diversos momentos, a jovem parece ter completa noção de onde está se metendo (por exemplo, quando percebe as intenções de Francisco e decide se deixar levar, já que ela também quer transar com o ator); além disso, os três homens, por mais bem-sucedidos e poderosos que sejam, são apresentados como figuras patéticas que usam as mulheres (sejam musas ou amantes) para esquecer suas próprias fraquezas e neuroses. Entretanto, Ashleigh nunca é desenvolvida o suficiente para sair do arquétipo da “jovem deslumbrada e atrapalhada” e, ao fim, o desejo que os homens nutrem por ela é relativizado, como se fosse fruto de uma mera admiração ou nostalgia por antigos amores.

No todo, “Um Dia de Chuva em Nova York” está longe de ser um dos melhores filmes de Woody Allen; todavia, também não é um de seus piores trabalhos. Apesar de ser irregular e possuir alguns posicionamentos antiquados, seu novo longa apresenta uma leveza e alguns momentos inspirados que fazem dele uma obra descompromissada e perfeitamente assistível.


Imagens e vídeo: Divulgação/Imagem Filmes

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João de Queiroz

Passava tardes de final de semana na locadora. Estudou Cinema. Agora escreve sobre filmes.

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