Nostalgia e o universo gamer tem sido uma combinação lucrativa. Até então, víamos muitos jogos que resgatavam os gráficos e mecânicas dos velhos tempos. Muito game antigo vem sendo adaptado e relançado nos consoles atuais. E uma onda mais recente, que já vinha crescendo e agora estourou, é o “remake” não apenas de jogos, mas também o de consoles antigos. Enquanto poderíamos até acusar as grandes produtoras de verem no universo retrogamer, Cuphead: Don’t Deal With the Devil parece levar o saudosismo a outro nível. Um nível mais legítimo, mais ambicioso e que pôs quase tudo a perder para seus criadores também.
O aguardado lançamento chamou a atenção desde que foi revelado ao mundo pela primeira vez em 2014, passaria ainda por muitas mudanças e adaptações, até chegarmos ao seu lançamento oficial, em 29 de setembro 2017. Sem dúvida alguma, a maior dificuldade em seu desenvolvimento era a animação, que não apenas pega emprestada a estética dos cartoons dos anos 1930, mas também a assume, em nível técnico: toda a animação, cenários e personagens foram desenhados quadro a quadro. Por isso, o visual de “Cuphead“ é imediatamente tão reconhecível.
Num mercado que constantemente usa a estética e mecânicas dos games retrô, cada vez mais superficialmente para lucro fácil, confundindo dificuldade com profundidade, ver um jogo que se arrisca de para verdadeiramente representar tudo isto, é simplesmente revigorante. Não é que “Cuphead“ tenha as mecânicas mais complexas do mundo, mas ele parece assumir sua “retrozidade”, em vez de apenas apropriar-se de um título para parecer mais cult.
Quando “Cuphead” foi anunciado inicialmente em 2014, o jogo seria apenas um boss rush – uma série de lutas contra “chefões”. Os criadores entenderam a (imensa) expectativa criada, mas também a vontade do público no feedback, que queria um jogo mais completo. A solução foi elaborar um plataformer com as boas e velhas fases “normais” além dos chefes. É óbvio que criar tudo isto levaria um bom tempo, principalmente se cada elemento é desenhado a mão.
A história é simples, mas digna de um desenho antigo: o protagonista Cuphead e Mugman (seu parceiro no modo co-op) fazem uma aposta com o demônio e perdem. A série de lutas contra os bizarros chefões não é nada mais que a jornada de nossos anti-heróis para pagarem essa dívida.
A comparação que fazemos imediatamente com jogos de plataforma é Super Mario. Mas nosso querido lançamento é bem mais cruel – até mais do que os difíceis primeiros jogos do “mascote” da Nintendo. Cuphead pode ser comparado à série clássica do “MegaMan”, “Metal Slug” ou “Contra”: um shooter de plataforma 2D, nos quais você atira e evita o fogo inimigo, precisando memorizar seus padrões e reagir rapidamente quando estes mudam. Aquela mudança que faz você xingar a tela, sabem?
Um aspecto mais próximo dos jogos de plataforma contemporâneos que aparecerá neste título é a possibilidade de melhorar as habilidades de Cuphead e Mugman. Os upgrades nas armas serão necessários, afinal, já pudemos ver nos vídeos espalhados pela internet que teremos bons momentos de pânico, em telas tomadas por adversários e seus projéteis.
É aí que precisamos elogiar a sagacidade da equipe que desenvolveu o lançamento mais uma vez. Eles entendem que um game tão hardcore poderia reduzir bastante sua abrangência, então, contaremos com opções mais leves de dificuldade. Se você jogar com outra pessoa, (sim, como um bom game retrô, “Cuphead” conta com o modo co-op, inclusive local) ainda terá a vantagem de poder ressuscitar seu parceiro, caso este morra, como é feito em outros plataformers como os últimos “Rayman” ou “New Super Mario Bros”. Do que pudemos ver pelos vídeos de gameplay, nem esta ajudinha que é dada torna o game menos desafiante.
Outro ponto super positivo, que não pode deixar de ser mencionado é a trilha sonora, que traz o jazz característico dos anos 1930, gravado ao vivo por uma banda completa. Além de contribuir com o clima retrô, ela combina perfeitamente com a jogabilidade veloz do título.
Chad Moldenhauer, o co-fundador do estúdio responsável por “Cuphead”, StudioMDHR , chegou a revelar há algum tempo em entrevista à GamesRadar, em junho deste ano, que ele e seu irmão, Jared Moldenhauer, chegaram a largar seus antigos empregos e a hipotecarem sua casa, para continuar o desenvolvimento do jogo. “A verdade é que começamos ‘Cuphead’ com uma equipe de três pessoas, trabalhando aos finais de semana.”
Mas parece que tal dedicação vai vingar. As expectativas para o jogo da comunidade gamer e da crítica são altas. Cuphead está sendo lançado no Xbox e Windows 10, como parte do programa Play Anywhere e também no Steam. Vale lembrar que, para adquirir o jogo no Play Anywhere – podendo jogar e compartilhar os jogos salvos entre seu Xbox One e o Windows, você deverá adquiri-lo pela loja da Microsoft. Se você adquirir o jogo pelo Steam, terá acesso apenas no seu PC – por isso a diferença de preço.
Se você já está jogando e quer deixar sua impressão, fique a vontade para comentar, mas se ainda não decidiu, vale um vídeo de gameplay, não? Até a próxima!
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CARAMBA, que sensacional! Amei de verdade o estilo do jogo, achei visualmente lindo, além da ideia ser incrível. Agora to com aquela sensação “PRECISO JOGAR”!
Yuri, pode jogar! Quero dizer… é AQUELE desafio fortíssimo, mas joguei, e juro que é recompensador quando vc consegue superar certas fases ou chefões!
Eu não jogo muito, mas curti demais essa estética e gosto muito desse trabalho. Acompanho os gameplays de Bendy and the Ink Machine e ele tem uma estética bem anos 20/30. Gosto muito! Vou procurar alguns gameplays Cuphead pra acompanhar.
Olha, dependendo do Gameplay que você acompanhar, vai ter alguns gritos de frustração, mas é sempre hilário de ver os outros tentando jogar Cuphead!
vi uma gameplay desse jogo recentemente e parece ser muito legal de jogar. Adoro jogo com essa estética. .. Alias você já viu o jogo Bendy and the ink machine? talvez vc goste
Agradeço a dica, Joyce! Dei uma pesquisada rápida e realmente parece ser bem interessante! Quem sabe é um jogo sobre o qual eu esteja falando aqui futuramente?
Eu estou jogando Cuphead e realmente é um baita game! Achei super interessante o fato da arte ter sido toda feita à mão e os caras realmente estudaram para criar aquela atmosfera de desenho antigo, o jogo é tecnicamente perfeito, a trilha sonora também é bem legal. Mas eita joguinho difícil hein!!! Estou jogando CO-OP e é muuuuito difícil, to apanhando pra passar pela primeira vez de uma fase/chefão =( Joguei um pouco esse final de semana e já passei o primeiro “mundo”, vamo que vamo heuiheuie
Olha, te dizer, depois do primeiro mundo é MUITO pior!
Mas o legal é que Cuphead realmente é sobre insistência de prestar atenção aos erros pra depois ir acertando aos poucos! Espero que esteja aproveitando tbm, é um dos games mais legais que peguei ultimamente!
Meu irmão pegou o jogo ja Steam esses dias e jogou no note ligado na tv. Eu achei o jogo o máximo! E deus, como é dificil, vi meiu irmão apanhando um monte, se ele que joga bem já pena, imagina eu auahauu mas to louca pra jogar também. Quando meu notebook voltar do concerto vou comprar também (ja que meu irmão não vai me deixar roubar a conta dele). Achei os personagens tão fotos. E verdade, é bem o nipe de Metal Slug!
Bites!
Espero que vc curta tbm, Tary! Pra mim, está sendo uma porta pra pegar em outros jogos de plataforma com pegada retrô e mais desafiantes assim!
Cuphead é um jogo com pegada nostálgica, mas com dificuldade elevada. Ou seja eu não tenho capacidade pra jogar HAHAHAHA
Na BGS tinha um pessoal quase tendo um treco, acho que acaba sendo mais divertido assistir os outros do que jogar. HAHAHAHAHAHAHAHA
Vou dizer, assistir já é parte do jogo, um espetáculo a parte.
Eu mesmo jogando… rola uns gritos aqui que prefiro que o mundo não escute!
Não sou uma gamer assídua (tendinite não deixa), mas fiquei com vontade de jogar Cuphead. Apesar da estética ser incrível, o que mais me chamou a atenção foi a história em si: perder uma aposta pro demônio sempre parece um bom ponto de partida 😀
Espero ter a chance de jogar um dia!
Parabéns pelo texto, aliás 😉
Bjs da Cami
Essa pegada da história pega muuuuito naqueles desenhos americanos antigos, também, o que é sensacional! Se chegar a jogar, espero que curta!
Não posso mentir que não sou uma pessoa ligada em games, mas sou uma pessoa que ama jazz hehe então um game que tem uma trilha sonora com Jazz realmente ganha minha atenção
Olha, Cíntia, te dizer, a trilha é MARAVILHOSA. Sou doido para que disponibilizem ela no Spotify!
Que máximo! Jogos nostálgicos tocam meu coração haahha. Se eu tiver oportunidade vou jogar.
Esse jogo é nostalgia em tudo! 🙂