No Dia Internacional da Mulher, celebramos a carreira de algumas grandes divas do teatro brasileiro
O teatro brasileiro é um palco vibrante e multifacetado, repleto de histórias inesquecíveis e atuações memoráveis. Ao longo de sua trajetória, encontramos atrizes que transcenderam seu tempo e se tornaram ícones da arte cênica nacional. Neste post especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, embarcamos em uma jornada para celebrar a carreira de algumas grandes divas do teatro brasileiro:
Leia também: Os espetáculos que causaram polêmica no teatro | Parte I
Cleyde Yáconis (1923-2013)
Uma das atrizes mais importantes do início do século XX no Brasil, é conhecida por sua força dramática e presença marcante no palco. Em 50 anos dedicados às artes dramáticas, iniciou nos palcos trabalhando nos bastidores, no guarda-roupa do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Não demorou para Cleyde ser notada e receber convite para substituir uma atriz no clássico “Anjo de Pedra”, de Tennessee Williams, em 1950. Em seguida, o diretor Ziembinski a convidaria a participar do elenco fixo de “Pega-fogo”. Logo no ano seguinte, recebe o prêmio de atriz revelação do teatro paulista, pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), por sua atuação em “Ralé”, de Maximo Gorki. Motivada pela remuneração que recebia como atriz, Cleyde Yáconis desistiu da faculdade de Medicina e seguiu sua brilhante carreira no teatro e na televisão. Ainda bem!
Ruth de Souza (1921-2019)
Uma das grandes damas da dramaturgia brasileira e a primeira grande referência para artistas negros de várias gerações. Pioneira, estava no primeiro elenco de atores e atrizes negras a se apresentar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a peça “O Imperador Jones”, de Eugênio O’Neill em 1945. A peça foi encenada pelo grupo Teatro Experimental do Negro, liderado por Abdias do Nascimento. Também conquistou uma carreira de sucesso no cinema e na televisão, inclusive sendo a primeira protagonista negra de uma novela da TV Globo, ao interpretar Cloé no folhetim “A Cabana do Pai Tomás” em 1969.
Dulcina de Moraes (1908-1996)
Dulcina é considerada a “grande dama” do teatro brasileiro. Com habilidades cênicas diversas, atuou em gêneros distintos e se destacou por sua técnica impecável e dicção perfeita. Entre seus trabalhos de destaque foi sua representação de Sadie Thompson, em “Chuva”, de John Colton. Além disso, fundou em 1935 a Companhia Teatral Dulcina-Odilon, junto com seu marido Odilon Azevedo, responsável por várias peças de sucesso nos palcos nacionais. Dulcina e Odilon lutaram pela valorização dos trabalhadores do teatro, pela legalização da profissão de ator e pelo ensino de teatro no Brasil. Atualmente, Dulcina dá nome a um teatro no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
Bibi Ferreira (1922-2019)
Uma das artistas mais completas do teatro nacional. Além de atuar, era cantora, bailarina e diretora, conhecida por sua vitalidade e paixão pelo teatro. Destaque nos musicais a partir da década de 1960, estrelou “Minha Querida Dama” (“My Fair Lady”) ao lado de Paulo Autran, conquistando muito sucesso. Se destacou também como diretora de diversos musicais, como “Deus Lhe Pague” de Joracy Camargo em 1976. A peça tinha no elenco os grandes Walmor Chagas, Marília Pêra e Marco Nanini. Com uma vida inteira dedicada ao teatro, se despediu dos palcos um ano antes de sua morte, com a turnê de despedida “Bibi – Por Toda Minha Vida”, um espetáculo só com músicas brasileiras.
Tônia Carrero (1922-2018)
Uma das atrizes mais premiadas do Brasil, Tônia Carrero transitou com maestria entre o drama e a comédia em mais de 70 anos, transitando com maestria entre o drama e a comédia. No teatro, estreou no TBC com a peça “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, onde contracenou com o ator Paulo Autran. Após passar pelo TBC, formou com seu marido à época, Adolfo Celi, e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), que revolucionou a cena do teatro brasileiro entre os anos 1950 e 1960. Em 1967 vem a grande virada em sua carreira. Em “A Navalha na Carne” de Plínio Marcos, viveu a prostituta Neuza Suely ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, em plena ditadura militar. Este foi um dos espetáculos mais aplaudidos de sua carreira, que totalizou a participação em mais de 50 espetáculos e vários trabalhos no cinema e no teatro.
Nesse post você conheceu um pouco da trajetória de cinco grandes divas do teatro brasileiro. Siga com a Woo! Magazine para conhecer mais atrizes incríveis que iluminaram os palcos do Brasil.
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