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Dramaturgo Zé Celso Martinez falece aos 86 anos em São Paulo

Zé Celso
Imagem: Divulgação/Zé Celso (Wikimedia Commons)

O renomado dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, ícone das artes cênicas brasileiras, nos deixou nesta quinta-feira (6) aos 86 anos, na cidade de São Paulo. Ele estava no hospital desde a última terça-feira (4), após um incêndio atingir seu apartamento. Zé Celso dedicou mais de seis décadas ao Teatro Oficina.

Leia mais: Grupo Depois do Ensaio comemora dez anos no Teatro Sergio Porto, no Rio De Janeiro

A confirmação da morte do dramaturgo foi no Instagram do Teatro Oficina, companhia teatral fundada por Zé Celso em 1958. O teatro publicou em sua conta no Instagram: “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Nossa fênix acaba de partir pra morada do sol. Amor de muito. Amor sempre”.

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Zé Celso, como era carinhosamente chamado, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de São Paulo após o incêndio em seu apartamento no bairro Paraíso, Zona Sul da capital paulista. Ele sofreu queimaduras em 53% do corpo e precisou ser sedado, entubado e colocado em ventilação mecânica.

O legado de Zé Celso

Zé Celso deixará saudades como um dos grandes nomes do teatro brasileiro. Sua carreira ficou marcada pela abordagem excêntrica e ousada na montagem de peças, que incluía uma interação provocativa com a plateia. Ele desenvolveu uma arte experimental, política e sensorial, sempre em diálogo com o seu tempo e outras manifestações artísticas, como a música, a poesia e o audiovisual. Além disso, Zé Celso levou o modernismo e o tropicalismo para a dramaturgia brasileira.

No Teatro Oficina, Zé Celso iniciou sua carreira e se destacou com criações coletivas e montagens provocativas. A sede do teatro foi destruída por um incêndio em 1966, porém, foi reconstruída graças a remontagens de sucessos anteriores. O diretor também dirigiu espetáculos fora do Teatro Oficina, como a histórica peça “Roda Viva” de Chico Buarque, que marcou seu tom provocador e teve uma remontagem em 2019.

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Zé Celso deixa um legado artístico impressionante, incluindo peças como “Cacilda!” e o épico “Os Sertões”, que somaram mais de 20 horas de apresentação. Sua atuação e contribuição para as artes cênicas brasileiras serão lembradas e celebradas para sempre.

O velório de Zé Celso ocorrerá no Teatro Oficina das 23h desta quinta-feira até as 9h de sexta-feira (7) e será aberto ao público. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou luto de três dias em homenagem ao legado do dramaturgo.

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Bibliotecária, doutoranda em História das Ciências, e das Técnicas e Epistemologia. Apaixonada por cinema, séries e cultura em geral. Sem Os Goonies talvez não estivesse por aqui.

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