E-Sports | Como os jogos eletrônicos estão revolucionando o cenário competitivo

O que está acontecendo no cenário do E-Sports

Eles vieram e chegaram para ficar. Este ainda pode ser um campo muito novo, mas os esportes eletrônicos são a próxima grande mudança que o mundo ainda há de ver nas premiações esportivas em um futuro não muito distante. Por enquanto, separamos uma lista para ver qual é a mudança que eles já estão trazendo, revolucionando o cenário competitivo.

Esporte?

O conceito de esporte enquanto atividade física com um cenário competitivo vem sido especificamente alargada nos últimos anos. A noção de competitividade por si só é algo discutível — “é necessário que eu esteja competindo para ser um esporte?” — e, o conceito basal, coordenação entre corpo e mente, também cai por terra com o reconhecimento internacional de esportes como, por exemplo, o xadrez, que não requerem senão estratégia bruta.

Estender o conceito para abrangir também os esportes eletrônicos (ou eSports) veio para o debate recentemente quando a (agora) ex-ministra dos esportes Ana Moser afirmou que eSports não são esportes. Para fins de investimento, em um país que pouco investe em seus atletas, é plenamente possível entender que se pretenda investir em esportes tradicionais, pelo poder de transformação dessas modalidades — no entanto, frente a novidade da categoria, a informalidade é um aspecto relativamente perigoso e um nível de proteção a sobretudo menores de idade, é importante para evitar aliciamento para condições precárias e o não asseguramento de seus estudos.

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Um cenário competitivo

Planejar um modo competitivo de jogo requer tempo, organização e um investimento em dinheiro, o que não é algo que todos os desenvolvedores se voltam, embora exista plena ciência das vantagens que esse aparente contratempo traz a longo prazo.

Um cenário competitivo mantém o jogo ativo, tanto pela comunidade engajada em um hobbie comum, quanto pela torcida em campeonatos — e quem conhece um pouco desse mundo sabe como as discussões podem escalar bem rápido! Quando se fala em desenvolver um competitivo, para além dos inevestimentos em premiações de campeonatos, fala-se em projetar estabilidade. Como assim?

Isso é uma questão polêmica e vária, contudo, é possível traçar alguns pontos em comum entre as diversas noções de competitivo. Em resumo, mesmo um jogo voltado muito mais ao cash grab, pode ter um competitivo organizado, entretanto, quando se prioriza ganhos em detrimento de cuidado pela comunidade, essas coisas se tornam problemáticas para a longevidade do jogo.

Exemplos não faltam: tornar um personagem forte apenas para vendê-lo em seu lançamento (‘powercreep’) — alô, “Pokémon Unite” — ou porque um aspecto cosmético seu está na promoção. Embora nem todos jogos lidem com o modelo de patch notes, como “League of Legends“, manter-se em constante renovação e pensar na sua comunidade de jogadores prezando pelo equilíbrio da gameplay torna a experiência de jogo muito mais estratégica e menos frustrante.

Retomamos o tópico anterior — investimento — quando vemos o florescer dos esportes eletrônicos tanto dentro do mainstream, quanto para jogos menores. Há toda uma gama em que os jogadores podem se inserir, não se limitando a assistir, como campeonatos amadores, regionais, de dos games mais inesperados, etc.

Presença feminina nos jogos

Se no imaginário popular elas foram excluídas, na vida real as garotas sempre foram parte da comunidade gamer, e se cada vez mais se fala de desafios para presença feminina nesse ambiente, isso não está separado da discussão da onipresença do machismo também no que deveria ser um lugar de lazer.

Embora ainda relativamente hostil, os exemplos não param de crescer, como o primeiro lugar da Evil Geniuses, cabeceado pela potter (Christine Chi) no mundial de Valorant de 2023, a VKLiooon, campeã mundial de “Hearthstone” em 2019, ou a Scarlett que ano após ano vem para derrubar seus oponentes no competitivo de “StarCraft II”.

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Se a transformação ocorre na frente de seus olhos, dar a chance para uma liga feminina, como a Ignis Cup, pode te trazer boas surpresas como fã de esports, e quem sabe não revelar um próximo grande nome das principais categorias. Se depender delas, o céu é o limite.