Diretor de “Emilia Pérez”, Jacques Audiard, deu entrevista ao Deadline e jogou mais lenha na fogueira
Nesse ponto já se tornou um trabalho hercúleo reunir todas as polêmicas envolvendo a campanha de “Emilia Pérez” na temporada de premiações, e a pior notícia parece sempre a próxima. Em entrevista para o Deadline, Jacques Audiard defendeu o longa e não poupou palavras para jogar a atriz principal, Karla Sofía Gascón, na linha do trem após uma série de tweets negativos da estrela terem viralizados.
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Primeiramente questionado sobre os tweets polêmicos, o francês declarou: “Sim. Infelizmente [a problemática dos posts da Karla] está tomando todo o espaço, e isso me deixa muito triste. É muito difícil para mim lembrar do trabalho que fiz com a Karla Sofía. A confiança que tínhamos, a atmosfera excepcional que tínhamos no set e que era com certeza baseada em confiança. E você com esse tipo de relacionamento de repente lê algo que essa pessia disse, coisas que são absolutamente odiosas e dignas de serem odiadas, claro que a relação fica estremecida. É como se você caísse num buraco, porque o que a Karla Sofía disse é imperdoável.”
Ele também completou sobre como está sua relação com a atriz depois disso tudo. Vale lembrar que recentemente a Netflix retirou Gascón do ciclo de divulgação do filme, removendo inclusive a menção a ela nos “For Your Consideration” de “Melhor Atriz”, categoria “Big 5”, considerada entre as mais importantes.
“Não falei com ela e nem quero. Ela está com uma abordagem auto-destrutiva e não posso interferir, e realmente não entendo porque ela continua com isso. Por que ela mesma está se prejudicando? Por que? Eu não entendo, e o que não entendo sobre isso é tamb´m por que ela está machucando pessoas que eram tão próximas dela. Estou pensando sobre isso de machucar os outros, e como ela machucou a equipe e todas as pessoas que trabalharam tão duro nesse filme. Estou pensando em mim, na Zoe [Saldaña] e na Selena [Gomez]. Eu só não entendo por que ela continua nos prejudicando.
Não estou entrando em contato com ela no momento por que ela precisa de espaço para refletir e considerar as suas próprias ações.” — concluiu.
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Já sobre as críticas que o filme tem recebido no México — em oposição ao “restante do mundo” e ao início da campanha, o diretor deu a entender que isso partiria de um efeito manada e de ódio concentrado geograficamente, ignorando a recepção negativa no restante da América Latina. Também insinuou que isso se deveria a dificuldade de interpretação por parte dos mexicanos.
“O que me chocou é que ou as pessoas não viram o filme direito, ou elas viram e estão agindo de má-fé. A representação dos cartéis no filme é temática. Não é algo que estou particularmente focado no filme. Tem uma cena que trata sobre isso. O que eu estou mesmo interessado é, e que estava ao filmar, é que queria fazer uma ópera. Isso requer uma forte estilização.
Bem, é dessa forma que as óperas tendem a elementos esquemáticos. A psicologia pode ser limitada. A ópera tem limitações psicológicas. Parece que estou sendo atacado no tribunal do realismo. Bem, eu nunca afirmei que queria fazer um trabalho realista.
Se eu quisesse fazer um trabalho que fosse particularmente documental, então eu faria um documentário, mas então não teria nem dança nem cantoria. Por exemplo, eu li uma crítica que dizia que os mercados noturnos no México não tem fotocopiadoras. Bem, em mercados noturnos na Cidade do México também não há música ou dança. Você tem que aceitar que isso é parte da mágica aqui. Isso é uma ópera, não uma crítica a qualquer coisa do México.”
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix
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