Beth Carvalho, Elis e Tom, Fausto Fawcett, Belchior, Miúcha, Cesária Évora e Leonard Cohen são alguns dos artistas cinebiografados
Considerada uma das principais vitrines do cinema brasileiro, a Première Brasil anuncia sua seleção de filmes sobre música para o Festival do Rio 2022. O repertório conta com filmes musicais, cinebiografias de grandes lendas e documentários. Entre eles, estão “Elis & Tom, só tinha de ser com você”, de Elis Regina e Tom Jobim, “Andança – Os Encontros e as memórias de Beth Carvalho”, “Elton Medeiros: o sol nascerá”, “Hallelujah: Leonard Cohen, a Journey a Song”, “Cesária Évora”, “Fausto Fawcett na Cabeça”, “Belchior – Apenas um coração selvagem”, “De você fiz meu samba” e “Êra Punk!”.
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“Fausto Fawcett na Cabeça” está na mostra competitiva da Première Brasil e tem exibição marcada para sexta, dia 7/10, no NET Gávea. Com direção de Victor Lopes e produção da TV Zero, a obra é definida como um filme-transe, que mostra o trabalho do cantor, poeta e compositor de músicas ícones, como “Kátia Flávia” e “Rio 40 Graus”. No dia seguinte (9/10), no mesmo cinema, a chave musical vira para “Belchior – apenas um coração selvagem”, de Natália Dias, Camilo Cavalcanti. Através de imagens de arquivo e depoimentos, surgem as diversas facetas do artista: o rapaz latino-americano: o peregrino, o crítico, o atemporal, o cidadão comum, o irônico, o sensual, o filosófico, o ácido, o retirante, e um homem do seu tempo (e para além dele).
Fechando a programação musical da semana, no domingo (9/10) será exibido, no NET Botafogo 1, às 17h, o documentário “De você fiz meu samba”, da diretora Isabel Nascimento Silva, que acompanha a rotina das viúvas de cinco baluartes do samba carioca – Wilson Moreira que, em um trabalho invisível, se tornaram guardiãs de parte fundamental da história musical brasileira.
O documentário “Elis & Tom, só tinha de ser com você” marca presença no Cine Odeon Claro, às 19h30. A obra se passa em Los Angeles, EUA, em fevereiro de 1974, e conta a história de Elis Regina e Tom Jobim quando se encontram para gravar um disco que se tornaria um álbum emblemático na história da música popular brasileira. O documentário mostra os bastidores da gravação deste trabalho memorável através de imagens raras e inéditas. No mesmo dia, 9, tem “Êra Punk!” no Estação Net Gávea, às 19h. Dirigido por Flávio Galvão, o filme é uma crônica urbana de um país exposto à escalada da extrema-direita no mundo.
A música também está presente na mostra Itinerários Únicos. Nesta sexta, 7, com a exibição de “Cesária Évora”. Dirigido por Ana Sofia Fonseca, o documentário mostra momentos da vida e carreira da cantora cabo-verdiana que foi da pobreza ao estrelato e sonhava apenas com a liberdade. No dia 10, é a vez de “Hallelujah: Leonard Cohen, a Journey, a Song”, dirigido por Daniel Geller e Dayna Goldfine. O filme retrata o músico Leonard Cohen por três prismas: o compositor e sua época; a jornada dramática da canção Hallelujah, da rejeição da gravadora ao sucesso no topo das paradas; e testemunhos comoventes de grandes artistas para os quais sua icônica canção tornou-se referência pessoal.
O filme que conta a história da “Madrinha do Samba” estreia no dia 11/10, no Cine Odeon Claro, às 19h30. “Andança – Os Encontros e as memórias de Beth Carvalho” expõe a história de Beth Carvalho, uma das maiores sambistas do Brasil, que ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical. As imagens do documentário são parte do vasto acervo pessoal nas mais diferentes mídias – super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos -, com o recorte único e íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional.
Outro filme que marca a data é “Elton Medeiros: o sol nascerá”. Com estreia marcada no Estação Net Gávea, às 16h, a obra é um registro inédito de Elton Medeiros, um dos compositores mais representativos do samba brasileiro. Foi o principal parceiro de Paulinho da Viola, com composições antológicas com Cartola, Zé Ketti, Hermínio Bello de Carvalho, entre outros. Elton Medeiros foi protagonista negro e testemunha de grandes momentos da cena musical do país, do nascimento das escolas de samba, das grandes Gafieiras. O filme homenageia mulheres que fizeram a história da MPB, em depoimentos a Vidal Assis, seu último parceiro.
Na quarta, 12 de outubro, é a vez da exibição de “Miucha, a voz da Bossa Nova”, na categoria Hors Concurs, que tem sessão no Odeon às 19h30. O filme, dirigido pordaniel Zarbos e Liliane Mutti se utiliza de gravações caseiras, depoimentos de familiares e amigos, arquivos pessoais e entre outras coisas, para mostrar um pouco da vida de de Miúcha, e seu marido João Gilberto (e seu violão), quando o casal morava nos Estados Unidos, e Cidade do México entre as décadas de 1960-70.
Sobre o Festival do Rio
O Festival do Rio é o maior da América Latina. Desde sua criação, já foram exibidos 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.
O Festival do Rio tem apresentação e patrocínio master da Shell Brasil – Lei Federal de Incentivo à Cultura – e da Prefeitura do Rio de Janeiro – por meio da RioFilme, órgão que integra a SEGOVI (Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública). Também conta com o apoio da FUNARJ. O Festival do Rio é uma realização da Cinema do Rio.
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