Guitarrista do Journey afirma que continuará levando o espírito da banda adiante, mesmo após a saída do tecladista Jonathan Cain
Após mais de cinco décadas de estrada, o Journey se prepara para uma nova fase com a turnê “Final Frontier”, anunciada como a despedida dos palcos — embora o guitarrista Neal Schon tenha deixado claro que o fim pode não ser definitivo. A decisão ganhou força após declarações do tecladista Jonathan Cain, que manifestou o desejo de se afastar das atividades. Em entrevista à Rolling Stone (via Igor Miranda), Schon explicou que, enquanto ele estiver em ação, “haverá Journey de alguma forma”, reforçando sua ligação profunda com a história e a essência da banda. Segundo o músico, a ideia da “despedida” é mais simbólica, uma celebração do legado que o grupo construiu desde os anos 1970.
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A turnê, com início marcado para fevereiro de 2026 e 60 datas confirmadas na América do Norte, promete uma experiência grandiosa e nostálgica. Sem banda de abertura, o espetáculo será dividido em dois atos e trará tanto os grandes sucessos — como Don’t Stop Believin’ e Separate Ways — quanto faixas raramente tocadas ao vivo. Schon garante uma produção moderna, som potente e espaço para improvisos e jams, algo que sempre marcou os shows do grupo.
Apesar do nome “Final Frontier” sugerir um encerramento, Schon prefere encarar o momento como uma celebração da trajetória. Ele também se mostrou aberto a mudanças futuras, inclusive à possibilidade de o Journey seguir com uma nova identidade musical após a saída de Cain. Sobre uma vinda ao Brasil, o guitarrista se mostrou esperançoso, mas disse que ainda é cedo para confirmar. O país, afinal, tem um histórico especial com a banda, que se apresentou aqui em 2011, durante a turnê do álbum Eclipse, e em 2024, no Rock in Rio, quando a performance do vocalista Arnel Pineda foi bastante criticada, levando-o a um pedido de desculpas público nas redes sociais. O motivo real do mau desempenho teria sido um problema técnico no retorno.
Com isso, o Journey se junta a outros gigantes do rock que se despedem dos palcos, mas o tom de Neal Schon deixa claro que essa “fronteira final” pode ser apenas mais um capítulo na longa e mutável história da banda.
Uma trajetória longeva
O Journey foi formado em 1973, em São Francisco, por ex-integrantes do Santana. O grupo alcançou enorme sucesso nas décadas de 1970 e 1980 com seu som que mistura rock melódico, virtuosismo instrumental e baladas poderosas, consolidando-se como um dos principais nomes do arena rock. Com Steve Perry nos vocais, o Journey lançou sucessos perenes como Don’t Stop Believin’, Separate Ways (Worlds Apart) e Open Arms, que se tornaram hinos de várias gerações. Apesar de mudanças na formação e períodos de pausa, a banda manteve uma base fiel de fãs e continuou a se apresentar com Arnel Pineda como vocalista desde 2007. Com mais de 100 milhões de discos vendidos e uma carreira que atravessa cinco décadas, o Journey segue como um dos nomes com mais longevidade no rock mundial.
Imagem: Journey (site oficial)
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