Nem a chuva impediu os metaleiros de lotarem o Circo Voador para o show das bandas cariocas Gangrena Gasosa e Matanza Ritual. De acordo com a organização do evento, 1.700 pessoas abalaram as estruturas da casa na última sexta-feira, 11.
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Saravá metal de respeito com Gangrena Gasosa
A primeira – e única – banda de saravá metal do mundo parece só melhorar com o tempo. Pouco depois das 22h, a banda iniciou os trabalhos abrindo o show com o ponto de umbanda “Ê, Caveira”. Dali até o final, foi uma catarse atrás da outra. A banda trouxe os vários sucessos dos mais de 30 anos de atividade, como “Saravá Metal”, “Surf Iemanjá”, “Se Deus é 10, Satanás é 666”, “Eu Não Entendi Matrix”, entre outros. Além disso, a banda abriu espaço para singles mais recentes como “Headboomer” e “Boteco-Teco”.
Não faltou interação do vocalista Angelo Arede com a plateia. Carismático, celebrou com o público o fato de estar vivo e também a vitória de Luis Inácio Lula da Silva nas eleições: “Vencemos, né?”, disse ele. E isso era tudo que o público queria para aproveitar e dizer várias “gentilezas” para o presidente Jair Bolsonaro. Após finalizar o show com “Centro do Pica-Pau Amarelo”, a banda ainda retornaria para o bis com mais duas músicas. Insano!
Matanza Ritual entrega tudo
Todo mundo sabe que Jimmy London é um dos vocalistas mais carismáticos do rock brasileiro. E quando está no Circo Voador, ele fica melhor ainda, quer dizer pior. Após a introdução, a banda já chegou enfileirando hits como “Meio Psicopata”, “Bom É Quando Faz Mal”, que teve as melhores rodas. O setlist contou ainda com vários outros sucessos, que vem sempre aparecendo desde que o Matanza Ritual se reuniu para sair em turnê. Os destaques com certeza foram “A Arte do Insulto”, num claro recado para o futuro ex-presidente Jair Bolsonaro, “Pé na Porta” e “Sujeito Amargo”.
Antes de algumas músicas abria espaço para uma boa conversa com o público, caso de “Tudo Errado” e “Clube dos Canalhas”. Além disso, o vocalista não poupou elogios aos companheiros de palco, em especial ao baixista Felipe Andreoli (Angra). Bem-humorado, o frontman brincou quando atiraram um sutiã no palco: “eu não preciso disso, obrigado. Inclusive estou até emagrecendo”. Durante todo show, os caras não deixaram o ritmo cair, chamando a galera quando pareciam cansados. Só mesmo alguém como Jimmy London para reunir tanta gente boa, formar uma banda e sair em excursão tocando músicas da sua antiga banda.
Ao final das duas apresentações, precisamos também aplaudir os realizadores Tomarock Produções, A Grande Roubada e OnStage, por manter a cena rock carioca viva depois de dois anos de pandemia. Vida longa ao rock!
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