Você Conhece a iniciativa GAS?
Os alunos de Design da “UNESP – Bauru” tiveram uma ideia maravilhosa. Sentindo a falta de algo do tipo, resolveram criar um grupo de estudos que tem como proposta estudar as artes sequenciais! Você pode pensar “ah, sim! Um grupo de estudos sobre quadrinhos!” e não está errado, mas o grupo vai além disso. Apesar desse termo ter sido criado por Will Eisner para representar as HQ’s, Scott Mcloud na obra “Desvendando os Quadrinhos” defende que a animação também entraria nessa definição, e o GAS – Grupo de Artes Sequenciais –, concordando com Mcloud não impõe esse limite, tendo como objeto de estudo desde os quadrinhos até as animações.
A(s) últimas(s) Veze(s)
Como você pôde perceber, o GAS não se dá bem com limites, assim o alcance desse grupo de estudos vai muito além do interior da Universidade. O grupo realiza fanzines com coletâneas de HQ’s produzidas por seus integrantes, que podem ser adquiridos em eventos de quadrinhos ou lidos online, por meio da plataforma issuu, por exemplo. E nela está publicada a obra sobre a qual falaremos um pouco aqui hoje, “A Última Vez”.
“A última vez” é a primeira coletânea feita pelo GAS na qual apenas um tema guiou todas as histórias, e essa obra é daquelas que surpreendem por mostrar o quanto a criatividade é incrível, já que os artistas abordaram de maneiras muito diferentes o mesmo tema, cada um deles descreveu o que seria “a última vez” com seu estilo muito particular, trazendo para o conjunto uma diversidade de gêneros.
Diversidade de Talentos
Os artistas tiveram total liberdade de se expressar nessa coletânea, dá pra sentir isso em cada página, em todos os momentos. São vários universos unidos por um tema. Quer seja poético, leve, pesado, despretensioso, reflexivo ou nostálgico, o leitor terá a possibilidade de experimentar sensações diversas através da visão de cada artista sobre o que seria “a última vez”!
Introdução
Para apresentar ao leitor a proposta da obra, Daniel Batista usa como referência alguns personagens muito conhecidos e que foram para ele uma fonte de inspiração. Homenageando artistas nacionais e estrangeiros, ele apresenta a linguagem típica dos fanzines nessa introdução, com a liberdade característica dos quadrinhos independentes.
Changes
A HQ de Aline Bevilaqua chama a atenção por diversos motivos. Os traços simples e expressivos de “Changes” tem aquela beleza melancólica única, quase hipnótica. A artista, que tem seu foco em animação mais do que em quadrinhos, transmite sua ideia através de cenas cotidianas e valoriza cada ação dos personagens de maneira única. É o tipo de história que nos leva a refletir sobre a vida, o universo e tudo o mais, além de deixar margem para mais de uma interpretação. Uma arte sequencial com o que ela pode oferecer de melhor.
Last Kiss
Transformar a partitura de uma música em história em quadrinhos de maneira que isso fique natural não é tarefa fácil, mas foi o que o artista Gleisson Cipriano fez com a sua parte nessa coletânea. “Last Kiss” de Wayne Cochran obteve sua versão com Pearl Jam, que por sua vez ganhou formas visuais nas mãos de Gleisson, uma obra que transborda emoção e sensibilidade, que não poderia ser diferente se tratando de uma música como essa.
Por mais últimas vezes
Essa coletânea é um exemplo do que artistas focados pode fazer de melhor. Podemos ver os resultados desse grupo de estudos em cada página, uma obra inspiradora, com um tema central, mas sem ignorar a particularidade e o estilo pessoal de cada quadrinista ou animador. O tema pode até ser “A Última Vez”, mas se você der a chance de conhecer o trabalho do GAS, é possível que será a primeira de muitas!
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