O Bookland de hoje traz algumas dicas para você, que provavelmente está em um momento importante do livro, seja no começo, meio ou final, e já decidiu o que acontece nesse ponto, mas não tem a menor ideia de como começar o capítulo. Acontece, não é? O bloqueio criativo, velho conhecido dos escritores. Mas existem algumas formas de combatê-lo. Não é fácil, mas, com persistência ele cede. Eis algumas formas de ir à luta:
Escolha uma playlist certa para a ocasião
De preferência em instrumental, se você for daqueles que sentem as músicas e não consegue evitar cantar junto. Brincadeiras à parte, isso ajuda bastante a entrar no clima do momento que está sendo escrito.
Exemplo: Você tem uma cena de batalha medieval para colocar no papel. O que ajuda bastante a visualizar uma cena do tipo é ouvir músicas que costumam ser tocadas em filmes do gênero. Tente escolher uma trilha sonora ou uma playlist que dure o tempo que você acredita que vais levar para escrever. Dependendo do momento que você descreve enquanto ouve as músicas, pode ser uma experiência intensa.
Vá em busca de imagens
Isso pode levar um tempo, mas que leve o tempo que for necessário. A imagem certa pode despertar uma inspiração sem tamanho na hora de descrever um cenário, um vestido, uma casa. Se estiver pensando em castelos, procure imagens atrás de imagens até achar o que se encaixa perfeitamente na sua história.
Leia bastante
Essa dica parece óbvia, porém, muitas vezes nos esquecemos dela. O hábito da leitura é essencial. E se somos inclinados a escrever sobre determinado gênero literário é porque nos inspiramos nos nossos autores favoritos, não é mesmo? Então, por que não consultar os mestres? Se for buscar na memória, em algum livro você encontrará o trecho ou capítulo com as ideias de que necessita.
Filmes e mais filmes
Está aí uma boa fonte de inspiração: o cinema. Aquela cena inesquecível, aquele personagem forte, a introdução que despertou sua curiosidade. Cada elemento de um filme pode te dar inúmeras ideias. Você pode até se inspirar em vários filmes diferentes e unir em um momento único de seu livro.
Observe o mundo à sua volta
Às vezes é preciso largar o computador ou o caderno e sair, nem que seja do seu quarto ou escritório. A inspiração pode estar nas casas que você vê pela janela, no cheiro da comida da sua avó, nas brigas do vizinho. Essas até são possíveis observar de casa, no entanto, se estiver buscando algo mais, é possível que você precise se deslocar. Observar o vendedor ambulante, pessoas saindo do trabalho e crianças jogando bola na quadra. Até uma estátua na praça pode te despertar a maior ideia de todas.
Feche os olhos e ouça
Às vezes o melhor a fazer não é ver o que acontece em volta, e sim, ouvir. Ouvir os carros, os latidos pelo bairro, barulho de passos apressados, risadas ou o som do vento. O que se ouve pode ser completamente diferente do que se vê se você fechar os olhos. No livro “Mais leve que o ar“, de Felipe Sali há um trecho que mostra exatamente o que seria “escrever de olhos fechados”:
“Fechei os olhos. Percebi que nada de útil sairia da minha mente dessa forma. Ao invés de pensar em algo legal, fui pescando nas únicas coisas em que poderia pensar:
— Estou em pé em um lugar que me deixa em paz e perfeitamente ansiosa ao mesmo tempo. É impossível parar de sentir certo friozinho na barriga, como quem sobe em uma colina e, lá de cima, olha para o chão. […]”
É uma forma maravilhosa de se escrever, buscando ideias através das sensações.
É claro que não existe um único método de escrita, é preciso aprender vários até criar seus próprios hábitos. O importante é nunca desistir se você tem uma boa história para contar.
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