Houve samba no Metropolitan. Samba de primeira com Maria Rita e Diogo Nogueira.
O lugar já fervia antes do horário previsto para o show. Casa cheia, todos animados para uma noite diferenciada. Certamente é privilégio poder contar com dois dos maiores sambistas da atualidade na sua cidade, em um lugar aconchegante como o Metropolitan.
Com poucos minutos de atraso, Maria Rita fez o palco reluzir com o clássico “Não Deixe O Samba Morrer”. Feito que logo arrebatou o público que se envolveu no clima que estava prestes a tomar o ambiente.
“O Samba De Maria” é um projeto louvável para a promoção da música popular brasileira. Da valorização a raizes do samba. A apresentação conta com Maria acompanhada de quatro grandes músicos, de percussão e acordoamento em um esquema de palco que sugere afinidade entre banda, cantora e público. A cantora interpreta seus grandes sucessos, como “Cara Valente”, “Moço Maltratar Não é Direito”, “Tá Perdoado”, e outros, bem como de outros compositores do samba.
Elogiar o desempenho de Maria Rita no palco é de praste. Ela sabe se posicionar com um estilo muito particular e cativante. A cantora tem o dom de encantar o público, fazê-los levantar em um show com poltronas. Aquela era hora, aquele era o local pra gastar todo gingado. Com o potencial vocal no timbre afinado, Maria Rita soube embalar todos os presentes na casa lotada.
Diogo Nogueira sobe ao palco para apresentar a turnê “Alma Brasileira”. Entrou na régua, com elegância e começou a mostrar o quanto seu samba é atraente e envolvente. A simpatia e o carisma do cantor colaboram nisso.
A banda estava completa e harmonizada. Com metais, percussões, cordas, teclado e acordeom. E, claro, um dos melhores vocais. O esquema de luzes bailava de acordo com a música com harmonia extra. Bom para os ouvidos e olhos do público misto presente na casa. O cantor sabe animar a galera com sua energia própria, ao falar o público recebe com carinho e empolgação.
O timbre de voz baixo de Diogo é aprazível de se ouvir. Definitivamente os dois shows foram um presente para os ouvidos.
Convocou os presentes a participarem do show com sua música “Pé Na Areia”, que todos assimilaram logo deixando a festa ainda mais bonita. Diogo então abriu uma sequência bem animada, cantando Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva, Jorge Aragão, sem tempo pra parar pra pensar na hora (que já estava avançada), só curtir. Não deixou de lembrar de outros grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Cazuza e Djavan.
Para homenagear João Nogueira, só a voz não bastava, Diogo assumiu o controle do trompete.
O show foi um grande misto de músicas consagradas do samba, da MPB, músicas novas e atuais de Diogo Nogueira. Feito para todos apreciarem. O cantor encerrou a noite misturando samba e xote que deu muito certo.
Por Letycia Miranda
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