Faleceu hoje aos 93 anos, Senor Abravanel, mais conhecido como Sílvio Santos, com mais de 65 anos dedicados ao entretenimento, popularizou diversos conteúdos na TV brasileira, fazendo história com seu sorriso largo e onipresente, além de um inabalável senso de humor e talento único para improvisação.
Foi também o responsável por trazer ao nosso convívio diversas adaptações de atrações de formato americano, principalmente dos programas voltados para o entretenimento e de exibir em seu canal de televisão, o SBT, o que talvez seja um dos seus maiores legados: o seriado Chaves, que por décadas alegrou gerações de brasileiros e até hoje faz sucesso em venda de produtos e nas reprises, agora em outro canal.
Uma das vozes mais reconhecíveis, amadas e imitadas do Brasil, Sílvio Santos, popularizou como ninguém marchinhas de Carnaval, bordões e os shows de calouros, apresentações de cantores e cantoras, que são adaptadas hoje no que seria um The Voice, mas sem celebridades da música no júri, com personagens que alegravam as tardes de domingo, aliás, o dia preferido que o dono do canal SBT, escolhia para se apresentar o dia inteiro com gincanas, brincadeiras e diversões com prêmios pitorescos, outros de grandes valores como casas e até distribuição de dinheiro vivo entre suas queridas espectadoras no palco, ao vivo, chamadas de “Colegas de Auditório”, que por décadas foram testemunhas de seu carisma, alegria e vontade de entreter.
E por falar no júri escolhido por Sílvio nos seus Show de Calouros, como não lembrar dos célebres e divertidos jurados que fazem parte da cultura televisiva brasileira como Araci de Almeida, Décio Piccinini, Elke Maravilha, Pedro de Lara, Wagner Montes, Sol, Sônia Lima, Sérgio Mallandro e tantos outros, que se tornaram celebridades e quase parentes de todos os brasileiros?
Também pioneiro em entretimento infantil, popularizou a figura do palhaço Bozo, outra atração importada dos Estados Unidos (onde geralmente passava suas férias), que fez história ao promover brincadeiras ao vivo, e sem cortes, com momentos, digamos, polêmicos, de um passado muito distante, antes dos códigos atuais de programação infantil, além de até hoje ter um dos poucos, senão único canal na televisão aberta, a exibir desenhos animados
Eram históricos seus embates de audiência com a eterna concorrente, a Rede Globo, de onde saiu para fundar sua própria TV, o SBT, que mudava de atração ao bel prazer de Sílvio Santos, para se adaptar a melhor forma de fazer frente à programação rival.
Dono dos nossos domingos por décadas, foi de camelô nas ruas na Lapa no Rio de Janeiro ao milionário dono de uma emissora de Tv que até hoje é uma das maiores do país e traz a história da televisão brasileira como seu legado.
O homem Sílvio Santos se foi, mas o “Patrão”, a alegria, os jargões, a história, mesmo que envolta em algumas polêmicas, permanecem naqueles que tiveram chance de se divertir nas tardes e noites de um domingo cada vez mais diferente nos dias de hoje, mas que em todos os canais de televisão têm muito da influência do Homem Do Baú, o maior comunicador da televisão brasileira.
Nossas condolências da Woo Magazine à família Abravanel.
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