Música também é terapia. Além de ser utilizada em contexto de festas, aniversários, comemorações e confraternizações em geral, é preciso saber que podemos usar para além desses fins. É de fato sabido que entrelaçamos músicas que ouvimos com nosso estado mental. Tristes ou contentes, reflexivos ou relaxados. A maneira como usufruímos dessa arte pode e vai mais fundo. Me refiro a Musicoterapia.
Uma grande maioria concordaria comigo e com pesquisas que nos mostram um grave panorama que cada vez ganha mais força. Os danos causados pelo estresse em nós. Vivemos tempos em que somos demasiado cobrados em todos os âmbitos da vida e muitas vezes cobranças que nos esgotam. Um exemplo claro disso é a relação que estamos criando referente ao campo profissional. Não atoa frequentemente nos deparamos com os chamados Workaholics. Nos vemos obrigados a ceder pressões e mais pressões exigidas por patrões por medo de perder o sustento. Fazendo com que trabalhemos por muitas horas, afinal, a procura é maior que a oferta, sustentando a ideia de que somos facilmente substituíveis. Tornando muitas vezes a rotina de muitos algo extremamente angustiante.
Doenças advindas do estresse, apesar da contradição, ainda não são levadas a sério em nossa sociedade. Isso é contraditório devido ao fato de vivermos numa sociedade que aprendeu a desvalorizar quem está ou não está inserido nela. Desvalorização demonstrada de diversas formas. Aprendemos a descartar pessoas. Essa ideia construída é responsável por muitos danos em nosso corpo e mente. Gastrite, úlcera, câncer, depressão. Sendo esta última, um mal que tem afligido cada vez mais as pessoas, que, com pouco ou nenhum conhecimento sobre a doença, não buscam tratamento.
Felizmente, atividades como yôga, pilates e outras atividades físicas em geral tem ganhado espaço na rotina de alguns. É preciso falar que precisamos tratar quaisquer doenças advindas de uma realidade estressante, seja ela qual for.
A música nos acompanha em muitos momentos, como salientei no início da matéria, e porquê não a utilizarmos como uma arma letal contra o estresse e maus psicológicos? Podemos experimentar.
A Musicoterapia trabalha com elementos como o ritmo, melodia e harmonia. Ouvidos “atentos” usufruem naturalmente disso ao ouvir qualquer música, outros ouvidos se atentam mais para a letra, outros o ritmo e letra, porém dificilmente trabalhamos com esses três elementos. Esse modelo de terapia tem como base a ideologia de que a música sendo abordada dessa forma aumenta nossos potenciais cognitivos e mentais. Também contribuindo na esfera social, afetiva e emocional.
A abordagem utilizada na terapia com música varia de acordo com a demanda do paciente. Em alguns processos terapêuticos, o musicoterapeuta reproduz uma música, um som que possa alcançar o estado psíquico do paciente, em outros, os pacientes aprendem e interagem com instrumentos. Podendo ampliar ainda com improvisações e composições durante a terapia. Imagina o quanto podemos estimular cognitivamente nosso cérebro através dessa maneira de abordar a arte da música?
Esse modelo de tratamento tem um amplo potencial. O ritmo e som utilizados variam também de acordo com o efeito de cada música no paciente. Podendo ser trabalhada de diversas formas. Sendo indicada para todas as pessoas, independente de gostos musicais.
É importante lembrar que o trabalho com a musicoterapia é feita por profissionais capacitados especificamente nesse modelo de tratamento e reabilitação dos indivíduos. Contando também com ambientes adequados para tal atividade.
Por Letycia Miranda
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