Um outro olhar sobre a vida de Cristo
A épica história da bíblia que todos conhecem, a ressureição de Cristo, é contada através dos olhos de Clávius (Joseph Fiennes), um militar Romano que tem a missão de encontrar o corpo de Jesus que desapareceu do túmulo, com o objetivo de abafar os ânimos dos que creram nele e evitar assim uma revolta. Conforme a investigação avança, Clávius se depara com evidências que confrontam seu ceticismo.
Os acontecimentos mais marcantes relatados na bíblia são constantemente reproduzidos no cinema, e é um desafio contar as mesmas histórias sem cair no óbvio e na repetição. Kevin Reynolds, diretor e roteirista nessa produção, conseguiu esse feito. Como já visto no trailer, a história é mostrada de um ponto de vista diferente, de um incrédulo, o que já foi uma boa forma de começar. Além disso, cria-se um suspense em torno da figura de Jesus e da realização de seus milagres, trazendo os fatos ao conhecimento do público da mesma forma que foi para o Romano, apenas ouvindo os testemunhos daqueles que criaram e estiveram com ele em algum momento de sua vida, levando-o a decidir se acredita ou não no que lhe é relatado.A escolha dos atores foi muito bem sucedida, todos foram convincentes em sua atuação, independente do tempo de aparição no filme e/ou quantidade de falas. Os eventos milagrosos que envolveram a ressurreição não são mostrados. A visualização fica por conta do próprio público, dada através dos relatos do soldado que viu a tumba ser aberta e dos testemunhos dos seguidores de Jesus. Todos, quando falam, passam uma emoção verdadeira de modo que é possível acreditar que realmente viram os acontecimentos. Joseph Fiennes também mostra um ótimo trabalho em sua transição de um homem que não acreditava no chamado Rei do Judeus para alguém que começava a entrar em conflito com suas convicções.
Por falar em escolha de elenco, não tem como deixar de comentar sobre as escalações dos núcleos, de feições finalmente compatíveis com as origens de seus personagens. Tanto os romanos (embora nunca tenha sido muito difícil essa parte), quanto o povo da Judéia, os discípulos e, principalmente, o próprio Jesus, interpretado por Cliff Curtis. Finalmente uma escolha sensata para o papel. Além da boa qualidade da atuação, o ator, apesar de ser da Nova Zelândia, possui características que permitem que ele retrate várias etnias no cinema, inclusive a do Nazareno. Um Cristo que foge do padrão de galã hollywoodiano afinal (leia-se loiro ou de cabelo castanho, olhos azuis ou verdes, pele branca e feições agradáveis que não condizem com a rejeição que Jesus sofria porque não tinha aparência de um rei).
Um excelente texto, sendo conduzido inicialmente pela linha de investigação do protagonista, levando o público aos fatos já conhecidos sem entrar na mesmice. Vale a pena parar para assistir a esse que consegue trazer uma tema já muito explorado de forma bastante original.
https://youtu.be/g5xw1SyASzY
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Gostei. Vou ver o filme.
Esta critica é um convite irrestivel para ver o filme.
Obrigado pela informação. É um filme que recomendo fortemente que explica a história que a religião sem pregar uma religião. Ressuscitado/ Risen não é como a paixão de cristo, porque ela trata Jesus como um homem julgado pelo Império Romano, e acabar com a possibilidade de humano e celestial sendo deixada em aberto. Se você ainda não viu, eu recomendo-los agora que vai acontecer na TV, deixo informações http://www.hbomax.tv/movie/TTL603372 Espero que gostem.
Excelente comentário, muito obrigada pela recomendação. O filme é exatamente isso.