Os segredos da estrutura narrativa que conecta histórias épicas e emociona plateias ao redor do mundo
Robert Eggers, o cineasta por trás de “A Bruxa” e “O Farol”, está pronto para trazer ao mundo sua visão sobre o clássico “Nosferatu”. Com um elenco de peso que inclui Willem Dafoe, Bill Skarsgård, Nicholas Hoult e Lily-Rose Depp, o filme promete reinventar o mito do vampiro com uma abordagem visceral e visualmente deslumbrante. Mas o que exatamente torna essa versão tão especial? Alguns detalhes foram revelados ao site Deadline e você pode conferir a seguir.
Uma Conexão de Longa Data entre Eggers e Dafoe
Willem Dafoe, que já havia trabalhado com Eggers em “O Farol” e “O Homem do Norte”, volta para interpretar o Professor Albin Eberhart von Franz, uma figura inspirada no clássico caçador de vampiros Abraham Van Helsing. Dafoe compartilha que Eggers o envolveu no projeto com um papel que ele descreve como “um prazer culpado para o diretor”. O ator destaca como seu personagem é o único que compreende plenamente a conexão psíquica entre o Conde Orlok (Bill Skarsgård) e Ellen (Lily-Rose Depp).
O Triângulo Psicológico de “Nosferatu”
No centro do enredo, Eggers explora a dinâmica entre Ellen, seu marido Thomas (Nicholas Hoult) e o Conde Orlok. Ellen é retratada como uma mulher que vive uma solidão profunda e enfrenta uma sexualidade emergente. Lily-Rose Depp descreve sua personagem como alguém presa pelas normas sociais da época, lutando para lidar com seus desejos e emoções. Essa complexidade é ampliada pela presença de Orlok, que age como um catalisador para a descoberta e o medo.
Eggers traz uma abordagem crítica ao simbolismo vitoriano da sexualidade feminina. Ele comenta: “Autoras femininas contemporâneas destacaram como essas heroínas sombrias representavam um reconhecimento das profundezas da psique feminina, mesmo em uma época culturalmente reprimida.”
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Bill Skarsgård: Transformando-se no Conde Orlok
Bill Skarsgård, conhecido por suas atuações em papéis sombrios, mergulhou profundamente no personagem. Para Eggers, o desafio era criar um vampiro autêntico, afastando-se dos clichês cinematográficos. “Ao pesquisar sobre vampiros antigos, descobri que eles não bebiam sangue como imaginamos. Eles estrangulavam ou sufocavam suas vítimas, o que achei incrivelmente intrigante”, revela Eggers.
A transformação de Skarsgård para “Nosferatu” foi completa. A maquiagem levava seis horas para ser aplicada, e ele incorporou elementos do folclore romeno para dar vida ao personagem. O ator descreve a experiência como “imersiva e sombria”, chegando a sentir que o filme exalava uma aura de feitiçaria. Ele explica: “Foi o mais longe que já fui para habitar um personagem. Era como se estivesse interpretando um pesadelo vivo.”
O Trabalho Corporal de Lily-Rose Depp e a Dança da Escuridão
Para capturar a possessão de Ellen pelo vampiro, Lily-Rose Depp trabalhou com a coreógrafa Marie-Gabrielle Rotie, especialista em butoh japonês. Eggers, que já havia usado essa técnica em “A Bruxa”, utilizou também as pesquisas do neurologista francês Jean-Martin Charcot sobre histeria para moldar a performance de Depp. A atriz descreve o processo como “intenso e revelador”, permitindo-lhe explorar as camadas mais profundas de sua personagem.
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A Estética de Um Pesadelo Vitoriano em “Nosferatu”
A parceria entre Eggers e seu diretor de fotografia Jarin Blashke mais uma vez deu vida a uma atmosfera nítica e aterrorizante. Eggers revela que o design de produção envolveu a criação de sets adaptáveis para capturar tomadas fluidas e imersivas. Craig Lathrop, o designer de produção, precisou projetar cenários que permitissem movimentos dinâmicos, como paredes móveis.
Willem Dafoe descreve essa abordagem como um “atletismo de atuação”, em que os atores dançam com a câmera. “Você tem que viver na cena”, ele diz. “É muito diferente do cinema convencional.”
Uma Nova Era para o Vampirismo no Cinema
“Nosferatu” de Eggers não é só um remake; é uma reconstrução. Ele busca subverter convenções e explorar a escuridão de uma forma que apenas ele poderia realizar. Com performances intensas, um visual meticulosamente planejado e um enredo que combina horrores sobrenaturais com dilemas humanos profundos, o filme promete ser uma experiência marcante.
Imagem Destacada: Divulgação/Focus Feature
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