Depois dos pixelados anos 80, foi na década seguinte que os videogames evoluíram mais drasticamente ainda, impulsionados principalmente pela popularização do CD-ROM, que era usado pelo clássico PlayStation e pelos jogos de PC. Entre tanta inovação, um gênero que se destacou bastante nos computadores noventistas eram os jogos de estratégia em tempo real.
Caso seja necessária uma explicação: são aqueles jogos onde selecionamos e posicionamos unidades e construções no mundo, de forma que você consiga controlar o mapa, recolher e produzir recursos necessários para estabelecer o seu domínio – como recursos naturais ou econômicos, dependendo do jogo. Ao contrário de jogos de tabuleiro, como “War”, nos RTS’s (Real-Time Strategy, como também são conhecidos), as partidas se desenvolvem em tempo real. OK, é isso que diz no nome, certo? Mas é assim que diferenciamos: não há turnos, como em “Civilization”.
Embora a explicação possa soar tediosa, se você ficou acordado até este parágrafo, já deve saber (ou pode passar a saber) que este tipo de jogo, embora quase sempre difícil, simplesmente prende a atenção, e é uma ótima alternativa aos demais gêneros. Neles é necessário um mínimo de planejamento e, muitas vezes, um máximo de paciência.
A história destes jogos gira em torno do comando de civilizações controladas pelo jogador: tribos pré-históricas, exércitos medievais, colonizadores espaciais. Também podemos liderar os grupos geralmente tidos como antagonistas: alienígenas ou orcs, tendo seus espaços invadidos pelo ser humano.
Para citar grandes clássicos, podemos começar por “Dune II”, considerado por muitos (não todos) o primeiríssimo RTS para PC, as franquias “Command and Conquer” e “Age of Empires”, e também “Warcraft”, antes de ganhar o famoso MMO, “World of Warcraft” e “Sim City”. O gênero segue firme e forte hoje em dia, com muitos bons títulos como “City: Skylines” (recentemente lançado nos consoles) e “Starcraft II”, com suas expansões.
Como nostalgia sempre vende, no entanto, grandes clássicos (alguns entre os citados acima), terminam voltando, com aquela maquiagem HD básica, é claro. Vamos conferir alguns deles.
Constructor
Remake para PC (Steam), Xbox One e PlayStation 4 com lançamento em 26/05/2017
Em “Constructor”, o desafio não é controlar um império intergalático, ou pré-histórico. Aqui, você controla uma empreiteira que precisa garantir seu domínio no mapa. E nessa guerra vale tudo: inclusive matar unidades de seus oponentes e sabotar seus prédios. Soa pesado, não? Mas no título, originalmente lançado para DOS em 1997, sua grande marca é o humor.
Temos as unidades mais funcionais, como operários, capatazes e reparadores; e também as de sabotagem, como gangsters e hippies. Você e seus oponentes também deverão construir fábricas para produzirem os recursos necessários em suas obras, e quanto mais você faz, novos tipos de construção são destravados.
E, paralelo a toda “guerra urbana”, o principal, afinal é construir… para seus vistosos inquilinos. Agradá-los é extremamente difícil. Eles se dividem em diversas “classes”, por assim dizer, e cada uma terá exigências diferentes a serem atendidas dentro de certo prazo. E é deles que virá seu lucro: você poderá cobrá-los um aluguel ou aceitar seus filhos como funcionários, o que provavelmente faria sucesso como medida de certos governos no mundo real, afinal “Constructor” é uma grande paródia da corrupção…
Você poderá jogar a demonstração da nova versão no PC, baixando-a pelo Steam a partir de 12 de maio. E outra dica: não deixe uma casa vazia por muito tempo. É desagradável o resultado.
Starcraft
Disponibilizado em sua versão original gratuitamente, com remaster saindo até o final de 2017, para PC e MAC.
O império intergalático do qual temos falado tanto acontece aqui! O clássico da Blizzard lançado em 1999 levou às estrelas a fórum de “Warcraft: Orcs & Humans”, com uma guerra de poder entre humanos e raças alienígenas.
De todos os RTS’ que usam o espaço como ambiente, “Starcraft” é um dos primeiros a realmente investir em contar uma história sólida, como pode ser evidenciado em sua sequência, “Starcraft II”.
Uma versão remaster deverá ser lançada em breve, e para dar aos jogadores uma chance de relembrarem o icônico título, ele foi disponibilizado gratuitamente em sua página oficial, com os devidos ajustes para rodarem perfeitamente nos PC’s e MAC atuais, além de incluir também seus pacotes de expansão.
Age of Empires 2
Remaster em HD com expansões inéditas, para PC.
Em 1997, a Esemble Studios lançaria com a Microsoft Games o hit “Age of Empires”, uma estratégia em tempo real ambientada na Antiguidade. Ali, você controlava tribos, como egípcios, gregos e romanos, devendo dominar o mapa com suas unidades e construções, buscando recursos naturais para custear toda produção. O mais interessante era avançar por diferentes eras, disponibilizando melhores unidades militares, melhores construções e tecnologias.
A sequência que em 1999 repetiu a fórmula de sucesso, mas desta vez acompanhando a Idade Média. Civilizações pré-históricas foram substituídas por Britânicos, Vikings e outros, com unidades militares muito mais variadas, diversificando assim a estratégia.
Enquanto o terceiro “Age of Empires”, lançado em 200X mudaria drasticamente a fórmula, não faria o mesmo sucesso dos anteriores.
“Age of Empires 2” ganhou um remaster em HD, que apesar de não melhorar tanto assim seus gráficos, traz melhorias em suas mecânicas, além de vir três novas expansões em adição às antigas, com novas civilizações e histórias: “The Forgotten”, feito por fãs, “The African Kingdoms”, que além de civilizações africanas introduz ao jogo também os portugueses e “Rise of the Rajas”, focado no sul da Ásia.
Então… está mais que provado que a febre dos anos 90 está mais viva do que nunca! Que tal preparar seu mouse e dominar o mundo que você quiser? Até a próxima, general!
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Tenho vários amigos viciadíssimos em jogos de estratégia. Civilization, Stellaris, Starcraft… mas sinceramente não é meu estilo de game! rs
Prefiro MMOs e RPG! ♥
Beijos!
Oi Jade!
Tem alguns RTS’ que puxam elementos de RPG, tipo o Warcraft 3!
O defeito dele é que é difícil D E M A I S (pelo menos pra mim, SEMPRE tomo surras)
Mas nada substitui um RPG de verdade, mas é um gênero tão mais amplo, que até hoje não consegui decidi ainda sobre quais jogos eu poderia escrever. (aceito sugestões!)
Obrigado pelo comentário, e até mais!