Estreando essa semana nos cinemas brasileiros, 13 Sentimentos é o segundo filme do cineasta Daniel Ribeiro, exatamente após 10 anos do seu debut na tela grande.
Em Hoje Eu Quero Voltar Sozinho de 2014, Daniel foi pioneiro no país ao realizar um filme especificamente LBGTQIA+ e no universo da adolescência mostrando a sensível história de um rapaz cego, Leonardo, descobrindo sua sexualidade e seus sentimentos ao se envolver com Gabriel, um novato na escola em que estudam, trazendo às telas muito do clima pueril de paixão, naquela fase da vida em que todos estão se descobrindo, simplesmente sentem e não medem consequências do seu desejo.
Não que o filme traga situações muito complexas, a não ser o corriqueiro bulling, a superproteção da mãe de Leonardo e um final singelo, que traz a esperança da normalização social dos sentimentos de uma forma totalmente livre de preconceitos, mas que torna o filme leve e divertido, ganhador de prêmios e notoriedade por onde foi exibido.
Com 13 Sentimentos, Daniel Ribeiro agora aumenta a aposta e faixa etária dos personagens, dirigindo e roteirizando a história de João, um jovem cineasta recém separado do companheiro após 10 anos de relacionamento, que se depara com as dificuldades emocionais e algumas profissionais que surgem em seu caminho.
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Emocionais porque após 10 anos “fora de circulação”, João, o protagonista do filme, tenta se adaptar a era moderna de paquera e curtição tanto nas redes sociais, quanto em encontros socias que seus dois amigos, Alice e Chico, fazem questão de se meter na tentativa de ajudar o amigo a superar o luto do final de uma relação duradoura.
Profissional, pois seu projeto em desenvolvimento não vai à frente e ele precisa recorre a realizações de filmagens “alternativas”, para continuar operando no seu ofício.
Depois do primeiro Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, 13 Sentimentos é o segundo filme de uma trilogia sobre sentimentos e relacionamentos que Daniel irá concluir com Amanda e Caio, história de um casal transgênero que discutem sua vida e tentam criar um lar juntos, apesar das diversidades.
Taí um cineasta com uma proposta diferente no cinema nacional, com uma possibilidade enorme de crescimento, suprindo um vazio na cinematografia LBGTQIA+ onde traz voz a todos que merecem ser retratado(a)s e ouvido(a)s.
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