Chega ao cinema ainda este ano, a história da juventude de um dos pensadores que mais influenciou o século XIX, Karl Marx. Filmado na Bélgica, Alemanha e França, “O jovem Karl Marx” narra o exílio do filósofo e também jornalista junto a sua esposa Jenny, em Paris, decorrente da sua perda de emprego na redação em que trabalhava até seu encontro com Friedrich Engels quando daí se iniciou uma parceria intelectual e política culminando na produção conjunta das obras “A sagrada família” e “Manifesto do partido comunista”. Sendo esse último o reflexo do movimento operário de 1848, época em que foi escrito o Manifesto.
Exílios e fugas foram constantes na vida do jovem Marx. Devido a sua militância política, sofreu nas mãos de autoridades prussianas, foi expulso da França a pedido deste mesmo governo e de Bruxelas pelas autoridades belgas. Também foi proibido de manter residência fixa na Alemanha até finalmente conseguir se estabelecer com sua família na Inglaterra.
A teoria marxista é uma crítica feroz as relações de produção capitalistas, quando aquele que detém o domínio das fábricas explora o proletário que é obrigado a vender sua força de trabalho. Porém, longe do que muitos pensam, o jovem Marx evidencia que a classe trabalhadora deveria revolucionar através da ação e discussão. Não há separação entre teoria e prática. Daí a frase “Até agora todos os filósofos interpretam o mundo todo… mas é preciso transformá-lo” que o brilhante ator interpreta no filme e que você pode assistir no trailer abaixo:
O longa está previsto para ser exibido no Brasil no mês de junho desse ano. “O jovem Karl Marx” é estrelado pelo ator alemão Auguste Diehl (Karl Marx) e Stefan Konarske (Engels) e a direção é do premiado e reconhecido cineasta haitiano Raoul Peck.
Se você está ansioso pra assistir “O jovem Karl Marx”, pode conferir outros filmes muito bons que dialogam com a problemática marxista enquanto aguarda a estréia. São eles:
“A classe operária vai ao paraíso” com direção de Elio Petri (Italia,1971)
Um trabalhador exemplar e detestado por seus colegas decide ir rumo aos protestos após sofrer um acidente na fábrica onde trabalha.
“O Encouraçado Potemkin” com direção de Serguei Eisenstein (Rússia,1925)
A história se passa na Rússia Czarista quando em 1905, marinheiros de um navio do Czar se revoltam contra a tirania de seus comandantes e assumem o Potemkin.
“Tempos Modernos” com direção e atuação de Charles Chaplin (Eua, 1936)
O personagem vagabundo do querido Chaplin, tem de sobreviver aos modos de produção capitalista. Mostra a vida dos operários transformados em máquinas após a Revolução industrial.
“Adeus Lênin” com direção de Wolfgang Becker (Alemanha, 2003)
Após a mãe do protagonista, professora militante do regime socialista da Alemanha oriental sofrer um ataque cardíaco e entrar em coma, acontece a queda do muro de Berlim e a reunificação do país. Quando ela desperta, seu filho faz de tudo para que ela não perceba as mudanças.
Por Susana Savedra
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grande! nesses tempos que tantos dizem não ter tempo para nada é sempre importante lembrar que nossas relações coletivas também inventam o tempo _ótimos filmes, vamos vê-los, sem perda de tempo! 🙂