Recentemente, estreou na Amazon Prime Video “Citadel”, uma série de espionagem que mistura, só para citar os mais óbvios, “Missão: Impossível”, “007” e “Sr. & Sra. Smith”. Os protagonistas são Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas, interpretando os agentes Mason Kane e Nadia Sinh. Eles trabalham para a organização do título e são os melhores no mundo dos espiões, muito superiores aos seus colegas da CIA e MI6. Portanto, para demonstrar tanta habilidade no combate com armas de fogo e artes marciais, as cenas de ação da produção estão no mesmo nível dos filmes de James Bond e Ethan Hunt.
Claro que para isso seria necessário um alto investimento, o que levou a Amazon e seus produtores, incluindo os famosos Joe Russo e Anthony Russo (diretores de “Vingadores: Guerra Infinita”), a abrir os cofres para liberar os 300 milhões de dólares gastos nos seis episódios da primeira temporada. O dinheiro em abundância facilitou a tarefa de reunir equipes de efeitos visuais e dublês de primeira categoria. Os dublês, inclusive, foram comandados por Don Theerathada – que trabalhou nas frenéticas cenas de “Agente Oculto”, “Matrix Resurrections” e “Transformers: A Era da Extinção” – e James Young, responsável por “Vingadores: Ultimato”, “Viúva Negra” e “Capitão América: Guerra Civil”.
Com tanto dinheiro envolvido, era de se esperar uma alta escala de produção, e é sobre isso que Stanley Tucci, interprete Bernard Orlick, – cérebro por trás da organização Citadel– falou:
“Acho que o escopo desse projeto é provavelmente o de maior escala que já fiz. Já fiz grandes filmes, mas nunca fiz uma série com esse tipo de escopo e complexidade. E a tecnologia. Em outras palavras, a tecnologia dentro da série, mas também a tecnologia usada para fazer a série. As sequências de ação são extraordinárias e as cenas de luta são simplesmente incríveis e sofisticadas.”
Já Ashleigh Cummings, que faz Abby Conroy, esposa do personagem de Madden, se impressionou com o tamanho da produção:
“Nunca trabalhei em nada próximo a esta escala antes, tanto em termos de valor de produção quanto no estabelecimento de um universo criativo. Lembro-me de entrar no set no primeiro dia e Richard estava filmando uma sequência de ação na maior tela verde que já vi. Parecia um parque temático com centenas de participantes, muitos deles esperando que um cara com uma arma falsa atingisse seu alvo. Parecia muita pressão. Mas tudo isso desaparece quando eles chamam a ação e você está no ringue com seu parceiro de cena. “As equipes de dublês foram excepcionais e gostaria que sua linha de trabalho recebesse mais reconhecimento de nossa indústria! Meu papel não era super pesado, mas trabalhei com Nikki [Powell] e sua equipe para aprender sobre as filosofias por trás de certas artes marciais, descobrir em que estilo de luta meu personagem poderia ter se engajado e como essas coisas poderiam influenciar em geral fisicalidade e visão de mundo. Então, se tivéssemos tempo, eles me balançariam um pouco nas cordas, ou me ensinariam boxe ou wushu. Eles foram uma força criativa vital e grandes companheiros durante as filmagens.”
Todo esse investimento, criatividade e expertise são os motivos pelos quais as cenas de lutas e tiroteios dos episódios são tão bem realizadas. Os golpes têm um impacto brutal e as coreografias com armas são bem realistas. No entanto, as cenas envolvendo Priyanka Chopra Jonas foram apenas supervisionadas por Theerathada e Young, já que a atriz dispensou os dublês, como ela mesma contou à revista Variety:
“Sou alguém que tem uma tremenda experiência com filmes de ação. Não apenas com o meu programa de TV, mas também com os meus filmes de ação de Bollywood. Estou trabalhando há 15, 20 anos, quando nem sequer tínhamos dublês. Eu tinha um homem com uma peruca e os braços raspados fazendo acrobacias perigosas para mim, porque naquela época não tínhamos mulheres. Então, aprendi a fazer as minhas coisas.”
Ela completou dizendo que não saiu ilesa durante as filmagens:
“Foi no final de um dia chuvoso em Londres e estávamos perdendo a luz, então foi tipo: ‘Vamos correr, correr, correr’. O chão estava molhado e fui um centímetro além do ponto onde deveria parar. A câmera se aproximou um centímetro de mim e a matte box arrancou minha sobrancelha. Mas você sabe, agora eu tenho uma cicatriz legal e uma boa história para contar. Eu simplesmente coloquei um pouco de cola cirúrgica no machucado, fechei e terminei o dia.”
No entanto, não é apenas com coreografias que se constrói um bom material de ação. Para complementar as peripécias dos dublês e atores, é necessário o auxílio dos efeitos visuais. E, para “Citadel”, a empresa responsável foi a Outpost VFX, que possui em seu currículo “Velozes e Furiosos 10”, “The Boys”, entre outros. Sua experiência foi fundamental para que o episódio piloto mostrasse um convincente descarrilamento de trem precedido por uma grande explosão. Mas “Citadel” não é construída apenas com CGI, como pode ser visto no breve making-off disponível na plataforma da Amazon. Muitos efeitos práticos também foram utilizados, como explosões controladas e até saltos de paraquedas em montanhas nevadas. Tom Cruise ficaria orgulhoso, sem dúvida.
Evidentemente, há um conteúdo dramático e romântico razoável na produção, principalmente devido à interação dos dois protagonistas. No entanto, são suas qualidades técnicas que chamam mais a atenção dos espectadores mais atentos. Vale a pena conferir os seis agitados episódios, pois a diversão é garantida. Além disso, é possível, como um exercício de curiosidade, tentar descobrir o que é real e o que é CGI em várias cenas da obra. Bem, se tudo isso não lhe atrair, pelo menos há os belos rostos de Madden e Chopra Jonas para serem apreciados, e eles não foram gerados por computadores, isso é fato.
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