Espetáculo marca a estreia autoral de Natasha Jascalevic com direção de Duda Maia
Cineasta, atriz e contorcionista, Natasha Jascalevich faz sua estreia como autora teatral em seu primeiro solo: “Faminta”. Com direção de Duda Maia, o espetáculo parte da ligação entre a gula e a luxúria para relatar histórias de uma mulher que anseia por novas experiências, descobertas e prazeres. Contemplado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, a peça estreou em 1º de junho na Sala Multiuso do Sesc Copacabana, onde ficará em cartaz de quinta a domingo, às 19h, até 23 de junho.
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Idealizadora da peça, Natasha Jascalevich alimentava há alguns anos o desejo de abordar no teatro a questão do prazer através da comida. Em 2020, veio a pandemia e o projeto foi interrompido – mas a ideia ganhou um desdobramento audiovisual quando Natasha escreveu e dirigiu o premiado curta-metragem “O Peixe” (2021), em que uma mulher tem uma noite de amor com o animal que dá nome ao filme. O roteiro foi inspirado numa lenda japonesa do século IV. O conto está no livro que lhe foi apresentado pela diretora Duda Maia, “Afrodite”, de Isabel Allende, com histórias em que sabor e paladar da comida são associados à sexualidade.
O solo “Faminta” passeia por múltiplas linguagens: teatro, dança, música e circo contemporâneo – sendo este último uma parte importante na trajetória de Natasha. Formada em contorcionismo e acrobacia aérea pela Escola Nacional de Circo, a artista explora essas habilidades em cena, dando ao texto contornos ainda mais oníricos. O cenário criado por Miti também colabora para imprimir o tom fantástico da narrativa. Um enorme plástico vermelho se desdobra em diferentes formatos e tamanhos, revelando e escondendo a atriz em cena.
Em cena, histórias independentes têm em comum uma mulher guiada pela gula e a luxúria: em uma delas, uma mulher se apaixona por um açougueiro, que a trata com amor e violência e se transforma num porco no decorrer da relação; em outra, a personagem tem uma noite de amor com um peixe, sendo um desdobramento do curta-metragem para o teatro. “As histórias não se conversam, mas todas partem desse universo da comida e do prazer”, diz Natasha.
Para Duda Maia, dirigir “Faminta” é ter a possibilidade de homenagear a grandeza feminina. “É poder falar intensamente sobre prazer, denúncia e liberdade de forma lúdica e poética. É uma crítica performática que pretende provocar reflexões sobre uma sociedade essencialmente machista que precisa ser diariamente alertada e repensada”.
SERVIÇO – “Faminta”
Temporada: de 1º a 23 de junho de 2024
Local: Sesc Copacabana – Sala Multiuso: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana, Rio de Janeiro.
Dias e horário: De quinta a domingo, às 19h. Duração de 50 min.
Ingressos: R$ 7,50 (associados do Sesc) | R$ 15,00 (meia entrada)
R$ 30,00 (inteira)
Informações: (21) 2547 0156
Horários da bilheteria: De terça a sexta-feira, das 9h às 20h; Sábado e domingo, das 14h às 20h.
Classificação: 14 anos. Duração: 50 min. Capacidade: 45 lugares
Imagem destacada: Divulgação/Faminta (Crédito: Olívia Nachle)
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