Pelé na Cultura Pop

Rei do Futebol, que morreu aos 82 anos nessa quinta-feira, também esteve no cinema na música e nos quadrinhos

Faleceu nesta quinta-feira (29 de dezembro), aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé. Além de ser o rei do futebol e uma das personalidades mais reconhecidas do mundo, ele marcou presença na música, no cinema e nos gibis. Abaixo você confere a contribuição do Atleta do Século para a Cultura Pop do nosso tempo.

Cinema

O Barão Otelo no Barato dos Bilhões

Nesse filme de 1971, Grande Otelo é João Sem Direção, um homem pobre que vive de bicos para sustentar suas três mulheres. Um deles é como gandula no Maracanã. Na trama, Pelé é Dr. Arantes, o dono de um banco para quem o João pede dinheiro.

A Marcha

A trama desse longa de 1972 se passa alguns anos antes da abolição da escravidão no Brasil. Pelé é Chico Bondade, um negro alforriado que lidera um levante contra a escravidão. A seu lado está Boaventura, interpretado por Paulo Goulart.

Isto é Pelé

O documentário dirigido por Luiz Carlos Barreto e Eduardo Escorel mostra a trajetória de Pelé, com ênfase nas Copas de 1958 e 1970.

Os Trombadinhas

Além de atuar, Pelé foi o criador do argumento, desenvolvido no roteiro de Carlos Heitor Cony. O Rei interpreta a si mesmo, mas exercendo a função em que nunca atuou: como técnico. Ele é o treinador das categorias de base do Santos. Inconformado com a situação dos meninos carentes e abandonados (uma pauta constante na agenda de Pelé), ele usa seu sucesso e prestígio para melhorar a vida das crianças. É desse filme que saiu o meme em que Pelé diz “Não”.

Fuga Para a Vitória

Sem dúvida o filme mais famoso de Pelé. Com Sylvester Stallone, já famosos pelo papel de Rocky, o já consagrado ator Michael Caine, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles e Kazimierz Deyna, a trama desse filme de 1981 narra o plano de prisioneiros de guerra para fugir do local. Para isso, eles se preparam para uma partida de futebol contra a seleção alemã nazista.

A Vitória do mais Fraco

Em outro filme estrangeiro, Pelé mais uma vez vive a si mesmo como um treinador de um grupo de crianças. Agora são órfãs que tentam salvar o orfanato que vivem. O filme de 1985 é dirigido por Terrell Tannen

Os Trapalhões e o Rei do Futebol

1986 era ano de Copa do Mundo de 1986 e os Trapalhões aproveitaram para explorar a temática futebolística com um filme em que contracenavam com Pelé.

No filme, que tem participação da atriz Luíza Brunet, o técnico do Independência Futebol Clube é demitido. Por acidente, o escolhido para assumir o cargo é um dos funcionários atrapalhados, vivido por Renato Aragão, e o time passa a vencer, despertando a ira de cartolas vilanescos.

Hotshot

Nesse longa pouco conhecido de 1986, Jim Kristidies (Jim Youngs) é um jogador de futebol dos Estados Unidos que vai atrás de Santos (Pelé), o melhor jogador de todos os tempos e que estava afastado dos campos, para ajudá-lo na carreira.

Pelé Eterno

Documentário de 2004 reúne imagens de arquivo e entrevistas para revelar a trajetória do jogador.

Pelé: O Nascimento de uma Lenda

Em 2017, o rei do futebol ganhou uma cinebiografia, que contava início da sua carreira como jogador. A direção era de Jeff Zimbalist e Michael Zimbalist.

Pelé

O documentário de 2021 lançado pela Netflix inclui imagens de arquivo impressionantes e entrevistas com ex-companheiros de equipe, incluindo Zagallo, Jairzinho e Rivellino. 

Música

Pelé gostava de cantar e compor. EM 1969 foi lançado o EP Tabelinha tem duas composições de Pelé — Perdão não tem e Vexamão — com ninguém menos do que Elis Regina.

Em 1977, participou do especial de Roberto Carlos e lançou, com Sergio Mendes, um disco com seu nome — no qual cantou e compôs canções, como Meu mundo é uma bola e Voltando a Bauru.

A que pode ser considerada sua música mais famosa, ABC do Bicho-Papão, foi gravada com o grupo Trem da Alegria em 1985 e em 1998 se eternizou como tema da propaganda do Ministério da Educação.

Ao participar, em 1991, do A Luz do Mundo, projeto criado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho ”voltado para crianças desassistidas”, Pelé juntou sua voz às de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, João Bosco, Renato Russo, Lulu Santos e Arnaldo Antunes em um grande coro na interpretação da cantiga de roda Se essa rua fosse minha.

Em 2006 lançou o álbum “Ginga”, e em 2016 a música “Esperança”.

HQs

Mauricio de Sousa conheceu Pelé em um voo nos anos 1970 e firmaram uma parceria contratual que rendeu a história em quadrinhos baseada na infância do rei do futebol.

A Turma do Pelezinho, foi publicada pela primeira vez em 1977. As histórias ainda contaram com três reedições nas décadas seguintes. Por questões contratuais, Pelezinho e a Turma da Mônica nunca se encontraram nas histórias.