Atriz, Cantora e mãe
por Daniel Gravelli
Desde que apareceu pela primeira vez na televisão, no programa “FAMA 4” da Rede Globo, ela não tirou o pé do acelerador e continuou batalhando com todas as forças para realizar o seu sonho.
Hoje, Evelyn Castro, já começa a se destacar no meio dos grandes musicais brasileiros, tendo participações de extrema importância em sucessos que rodaram o Brasil. Entretanto, vem lutando há tempos para garantir o seu espaço no mercado.
Sua carreira de cantora começou na igreja católica, onde teve a primeira oportunidade de mostrar seu talento para o público. Logo depois, participou de um teste que garantiu uma vaga em uma banda de baile que cantava músicas dos anos 70. Com o grupo, conhecido como “Eclethics”, obteve a oportunidade de fazer vários shows, enquanto observava os profissionais com quem trabalhava e expandia seus conhecimentos como cantora.
O teatro, inicialmente, era só um sonho do qual pode fazer parte através de cursos que começaram aos 11 anos. Mas, depois dos 17, se viu tendo que estudar para poder entrar em uma faculdade, e o sonho foi se distanciando até que tornou-se passagem na vida de Evelyn. Depois do vestibular, continuou a vida de cantora e, com persistência, acabou conquistando uma vaga no FAMA.
O programa global foi o responsável por revelar sua voz e carisma para o povo brasileiro. Depois de passar por diversas fases, chegou a ser uma das finalistas e isso possibilitou a chegada de novas oportunidades em sua vida profissional. A gravação de seu primeiro CD, lançado em 2006 pela Som Livre, rendeu o sucesso da música “Demorou”, diversos shows pelo país e uma parceria com Sandra de Sá e Sérgio Mendes.
Depois disso, continuou a carreira solo como cantora, até o dia em que o seu sonho voltou a encontra-la e ela pode subir aos palcos teatrais e mostrar a atriz que guardava desde os 17 anos, participando de um musical chamado “Auto da alegria” com direção de Fernando Bruno.
A partir daí, voltou a dedicar a carreira de atriz, sem esquecer seu trabalho como cantora, e teve a chance de participar de vários outros musicais como: “Porquinhos – O musical”, “Tim Maia, Vale Tudo” e Cássia Eller – O Musical”, que abriram as portas da televisão garantindo também uma chance nas novelas “Alto Astral”, “Guerra e Sexo”, “Fina Estampa” e na série “Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou”, ao lado da atriz Mônica Martelli.
Ultimamente, se dedica ao cinema, com o lançamento do longa “Apaixonados” de Paulo Fontenelle e o filme “Minha Família”, no qual será a filha de Zezé Polessa e Otávio Augusto.
A Pulp! de hoje tem o prazer de conversar com um artista que lutou e luta até hoje para garantir o seu espaço, ou como muitos dizem: o seu lugar ao sol!
PULP! – Como surgiu o interesse e a coragem de enfrentar as câmeras e participar do FAMA? Você teve algum incentivo?
EVELYN CASTRO – Surgiu do incentivo de amigos, que já me viam cantar na noite. A coragem veio da fé, tudo junto, quando fui escolhida por uma fita VHS na época, não podia deixar passar está oportunidade aí a coragem vem no tranco.
P! – Reality Show é um tipo de programa que divide o gosto popular e opinião de participantes. Para você, como foi participar e estar entre as finalistas? Quais são suas recordações do programa, sejam elas negativas e/ou positivas?
EC – Foi um divisor de águas, a partir dai vi a arte como meu trabalho, quis assumir de fato uma carreira e tudo que vem junto com ela, nem sempre são aplausos. Ganhei maturidade como mulher e como artista. E saí de lá com amigos, nós nos falamos até hoje, sempre que estou em turne com algum musical visito alguns amigos do Fama. É renovador! As melhores recordações foram das amizades e tamanho de gente generosa e humilde de talento absurdo que conheci no meio de uma “competição” onde só tínhamos torcida uns pelos outros, isso foi lindo!
P! – Em nossa matéria acima, mostramos que seu interesse pelo teatro veio antes mesmo de você se dedicar a carreira de cantora. Como foi ter que deixar de lado essa paixão? Fale também do processo de transição para outro interesse e o retorno ao teatro, anos depois?
EC – Ah… foi triste na minha cabeça de adolescente, mas foi necessário ! Eu já estava vivendo só pro teatro, tinha que fazer vestibular, terminar os estudos que fosse… E, aí, o foco foi pro vestibular. Nunca passei! Fiz particular mais tarde mesmo (Rsrs). Não teve exatamente um processo de transição, eu já cantava e no meu quarto já bastava. Daí, eu fui parar em um encontro de adolescentes da igreja católica, comecei a cantar para as pessoas e elas começavam a incentivar. Voltar pro teatro foi um dos maiores presentes que eu pude ganhar. Achava que esse lugar iria ficar em uma ótima lembrança. Graças a música, que me trouxe de volta o lugar onde adoro, contar histórias e levar emoções para as pessoas, podendo cantar junto, torna-se melhor ainda!
P! – Ultimamente você vem emendando um musical atrás do outro, sendo um dos últimos o sucesso “Tim Maia – Vale Tudo”. Como surgiu a oportunidade de fazer parte do elenco do espetáculo?
EC – Recebi um convite de João Fonseca ! Já havia trabalhado com ele no musical “Era no tempo do rei”, como coro.
P! – Outro musical que você participa é “Cássia Eller – O Musical”, que também tornou-se um estrondoso sucesso. Nesse, você carrega a função de dar vida a duas grandes personagens que fizeram parte diretamente da carreira da cantora. Fale um pouco sobre isso e seu processo de construção para diferenciar as duas.
EC – Recebi dois maiores presentes na vida. Brinco falando que isso é espiritual, pois foram artistas chaves na minha vida, Tim e Cássia! E poder contar e levar um pouco deles é a maior missão e mais prazerosa que poderia receber como trabalho. Em Cássia, faço dona Nanci Eller, mãe dela e Marilu, sua namorada, a pessoa que a produziu e a incentivou no início de carreira. Este processo veio com ajuda de Lan Lanh (Responsável pela direção musical da peça) e Nando Nunes (Fernando Nunes – Co-direção musical) que nos davam informações íntimas, preciosas e diretas para a contrução. A Marilu, já tive um pequeno feedback de Maria Eugenia e a construção ficou mais livre, procurei dar um tom de humor, já que é ela que chega na Cássia. A mãe também não tinha como, Dona Nanci pediu pra que levasse ela com humor, e ela era assim. Então ganhei 2 presentes.
P! – Falando nisso, teve um momento que você precisou se afastar do musical devido a sua gravidez. Como foi esse período na sua vida?
EC – Vou ser clichê, mas não tem como não ser. É a melhor coisa do mundo, ser mãe! Fui com o espetáculo até o 7 mês de gravidez, e voltei quando ele já estava com 3 meses. Aí virou correria. Mas, cássia me trouxe este exemplo. Sempre tive o apoio de todos, são todos tios do meu filho Juan.
P! – E agora, como faz para manter a vida de artista, com a de mãe e esposa? Qual a reação de sua família quanto a isso?
EC – Loucura total! Claro que tenho minha mãe, Ana, meu marido que é cantor, Chris Dortas, também tem horário flexíveis, super entende e apóia, e minha sogra. Eles são meus suportes quando estou em cena. Minha mãe viajou comigo em turnê, junto com meu filho, virou minha colega de quarto. Minha família quando soube foi só alegria.
P! – Depois do álbum que lançou em 2006, devido a entrega aos musicais, não chegou a fazer um segundo. Mas, parece que já há algum tempo você vem trabalhando em um projeto com musicas inéditas. Ele já tem data para sair? Conte um pouco mais sobre essa ideia.
EC – Sim, emendei um musical no outro, e o CD ficou pra trás. Cheguei a fazer alguns shows solo, e me veio a conclusão de que meu show seria “ensaios para um cd”. Estou começo da empreitada de shows e tenho certeza que, naturalmente, esse CD nasce.
Dia 29/3 será dada a largada desse novo momento, desse amadurecimento na carreira, contarei com musicas inéditas de Chris Dortas em um show no Teatro Net Rio.
P! – Recentemente você gravou o longa “Apaixonados”, ao lado de Nanda Costa, que vem ganhando bastante espaço na mídia. Como foi participar do projeto? Você pode adiantar alguma coisa para gente?
EC – Participar foi uma grande novidade, com uma equipe e elenco incríveis.
Foi enriquecedor demais para a carreira.
P! – Ao desenvolver a arte, o que você considera como um recurso importante para criação de um trabalho perfeito?
EC – Não julgar seu personagem.
P! – Quais são suas referencias como artista?
EC – Muitassssss…
P! – E daqui pra frente, seu próximo trabalho será no teatro, tv ou cinema? Quais planos tem para o futuro?
EC – Meus planos é evoluir como atriz e estudar. O Próximo, será no cinema e algumas participações na TV. Tenho planos para teatro, teatro mesmo, sem Music.
https://www.youtube.com/watch?v=8zveJpbvFuA
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