Quando eu escrevo…
me sinto em casa. Como se tivesse ficado muito tempo perdida, no limbo ou subsistindo. Quando aperto a caneta e roço os dedos no papel ou digito veloz na folha em branco, fico completa. Como se aquele fosse meu destino final. Como se todas as outras chatices da minha rotina fossem nada além disso: chatices.
Quando eu escrevo, quando eu tenho tempo para sentar e escrever, assim, de livre arbítrio, me sinto feliz e acabo sorrindo. Fico imersa num mundo que é só meu, aonde não preciso me preocupar com nada além de deixar as ideias fluírem sem rédeas. Transbordo.
Quando eu escrevo e coloco pra fora minhas angústias me sinto mais leve, mesmo que os problemas não tenham sumido e continuem me assombrando. Ao colocar para fora acabo me sentido menos sobrecarregada e com mais esperanças de um desfecho feliz – como aqueles dos livros que gosto de escrever.
Quando eu escrevo tenho vontade de fazer só isso. Viver de ar, numa casa pequena, no meio do nada, com bons livros, máquina de escrever, lareira e chá.
Quando eu escrevo percebo como sou maior do que tudo que me prende e quero mais do que do que nunca transcender.
Quando tenho que largar a escrita, ainda que temporariamente, meu mundo perde um pouco a cor e minha motivação para continuar seguindo em frente é, justamente, saber que voltarei para casa em breve.
Por Clara Savelli
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Me vi nesse texto!
Oi Gleicy 🙂
Então somos vizinhas, não é mesmo? <3
Beijo!