“Eu te digo onde o raio cai
e as coordenadas desenhadas com o meu delineador
você olha como se soubesse
de que todas as coisas são feitas
menos de 12 horas depois
meu dedo é um kleenex e você é parvo
misterioso como quem nunca se viu
você olha o meu mapa desenhado à mão e se procura
eu aviso que não há de encontrar nada
se o destino era de ontem
de novo eu sento e sussurro
“vem vindo”
você pergunta o quê
e eu sem medo de te cortar
“vem vindo”
seus olhos brancos brancos azuis
não um azul bonito
nunca estudaram geografia
nem mesmo com uma seta vermelha do google maps
você consegue achar o seu infinito
eu agora te imploro
de mão trêmula
que os laços se desfaçam antes que nos enforquem
você diz que sim, pois que enforquem
e eu que acabo localizando
na fronteira interna entre uma veia subclávia e outra
que não, tristeza não mata ninguém
pois que sejamos eletrocutados
saber antes não salva nada
saber mata também.”
Por Érika Nunes
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