Remake promete ser mais fiel ao mangá e tem entregado tudo o que pedimos e mais um pouco
Foi a gente que pediu! “Ranma 1/2” (2024) está de volta após mais de três décadas, dessa vez pela Netflix e com a proposta de seguir o mangá mais à risca. Com três episódios lançados e já disponíveis na Netflix, fomos conferir um pouco e deixamos nossas primeiras impressões sobre essa produção que já promete ser um dos melhores títulos do ano.
Um balde de água quente
35 anos após sua transmissão original, “Ranma ½” está de volta em uma nova adaptação para televisão. Em um ano cheio de excelentes títulos — o que não acontece sempre — é quase irônico que o retorno de um clássico entre na corrida para anime do ano, mas não é para pouco: a série está deslumbrante, de não se pôr defeitos.
Há uma certa mística que títulos como Ranma ½ possuem, e sendo dos anos 80 — no Brasil exibido na TV apenas a partir de 2004 — há uma nostalgia por trás e que se mistura com um crescente distanciamento histórico: querendo ou não, cada vez menos pessoas da nova geração têm contato com a obra, tanto por preconceito, quanto pela dificuldade de acesso; fica o dito pelo não dito.
“Ranma ½” está agora de volta todos os domingos, inclusive dublado, pela Netflix. Quem conhece o trabalho da autora, Rumiko Takahashi, colecionadora de sucessos (“InuYasha”, “Urusei Yatsura”) pode ter sido pego de surpresa, contudo o remake não se apoia apenas na nostalgia ou desejo de convencer uma nova geração com preconceito com animação antiga, afinal, é sabido que a adaptação de 1989 não era tão fiel assim ao mangá.
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Questões que já eram pontuais — como o desenvolvimento de personagens versus fórmula de comédia (que é também se vê em “InuYasha”) — hão de retornar, ao que são “problemas” já do material base. Se até agora apenas tecemos apenas elogios, tracemos a linha: esta não é uma série perfeita, e nem há a pretensão de ser, novos fãs de Ranma ½ vão surgir, e isso é ótimo; a autora está em sua melhor forma por aqui mostrando que é possível ser genial com pastelão.
Aqueles da velha guarda que ainda está com um pé atrás podem ir tranquilos. Boa parte do elenco de dublagem está de volta: Márcio Araujo e Fátima Noya como Ranma, Tatiane Keplmair como Akane, Tatá Guarnieri como Akio, Carlos Campanile como Genma, Wendel Bezerra como Ryoga, Márcia Regina como Shampoo, Tânia Gaidarji como Kasumi, etc.
Sobre Ranma Meio
Arrastado pelo pai, totalmente contra sua vontade, Ranma Saotome é levado como pretendente prometido a uma das filhas do mestre em artes marciais Soun Tendou, pois o casamento entre seus filhos seria garantia de uma linhagem próspera para dar continuidade ao renomado dojô dos Saotome.
Mas há um porém: para além de Ranma não querer saber nadinha dessa história de casamento, ele e seu pai sofreram uma maldição após um treinamento especial na China. Após cair em um poço enfeitiçado, toda vez que entram em contato com água fria pai e filho se transformam respectivamente em um panda-gigante e em uma bela garota, revertido caso toquem em água quente.
Quem também não gostou disso é Akane Tendou, filha número três, que não simpatiza nada com rapazes. Ao se conhecerem, com Ranma transformado, a garota é gentil e receptiva com o recém-chegado, mas a verdade logo vem a tona ao por acidente ver o rapaz nu em seu banheiro, iniciando uma longa rivalidade e romance de gato e rato.
“Aí, outra coisa, garota! Eu notei que você deu uma boa olhada em mim sem roupa, viu? Se liga! Tô cansado de me ver sem roupa. Pra mim não tem novidade alguma ver uma garota pelada! E pro seu governo, garanto que minhas curvas são bem melhores que as suas, tá?”
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix
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