Lugar de mulher é na cozinha sim! Mas é lugar de homem também!
Aliás, é lugar de todo mundo. Família, amigos, colegas, vizinhos. Todos podem ocupar esse espaço. Porque afinal de contas, como dizem por aí, “a cozinha é o melhor lugar da casa”. E é mesmo! É ali que a alquimia acontece. Os aromas, o temperos, os encontros dos sabores, os experimentos gastronômicos. O bálsamo das especiarias que invade a casa, a fragrância do café quentinho passado na hora e o perfume do bolo fofinho que acabou de sair do forno.
É também ali, em volta da mesa, que a conversa chega. É onde surgem a prosa, os causos, as lembranças e as saudades. Histórias de todas as épocas e todos os tempos. Isso tudo ali, naquele ambiente mágico, onde a conexão do alimento com a alma se funde com a memória afetiva.
É dessa vivência que fala o livro “A Conversa chegou à cozinha – Crônicas e receitas”, com narrativas repletas de afeto da cozinheira apaixonada pela escrita, Rita Lobo. A ideia principal tem um tempero muito especial. Cada capítulo é aberto com uma conversa bem informal, geralmente bem-humorada da autora com o leitor, tratando de questões do dia a dia, fazendo reflexões sobre problemas e experiências femininas, revisitando as recordações da infância e da juventude, e isso tudo levando a uma deliciosa receita no final.
As crônicas foram extraídas do blog que Rita mantém dentro do Panelinha, um dos primeiros sites de gastronomia da internet brasileira, criado há quase duas décadas. Vinte e quatro histórias e 50 receitas foram selecionadas criteriosamente pela autora. Tem doces, salgados, entradas, pratos principais e sobremesas. Tudo escolhido de forma muito equilibrada para encantar o leitor e adoçar a alma. São crônicas da vida de todo o dia, contando um pouco das aventuras da família; memórias culinárias, com histórias da “alcateia dos Lobo”. Ao final de cada capítulo, para cada causo, pelo menos uma receita é registrada. São relatos tão bacanas que fica difícil escolher o melhor. Para essa sopa de letrinhas, Rita juntou a escrita e a cozinha, com uma mensagem de que a mesa é um lugar de encontro, a fonte de sustento, festa, segurança, satisfação. A escrita é fluída, gostosa e a leitura segue fácil. O texto é tão leve e saboroso que chega a dar água na boca. As crônicas não seguem uma ordem cronológica e a relação do texto com a receita sugerida é bem livre. Em alguns casos, entre a crônica e a receita, existe um textinho sobre o prato ou a situação em que ele pode ser servido. Em alguns outros existe o exemplo de que tipo de evento o prato poderia ser servido. Nas palavras da escritora e jornalista especializada em gastronomia, Nina Horta, escritas no prefácio:
“É um lindo diário de uma mulher falando com muita naturalidade sobre os prazeres de descobrir, cozinhar e comer coisas simples. É um livro para se conectar ao alimento com prazer e cozinhar mesmo”.
Publicado pela Ediouro, tem 207 páginas, com receitas que foram laboriosamente experimentadas antes de fazer parte da coletânea para o livro. As páginas são recheadas com as ilustrações divertidas de Juliana Russo. No final, um índice em ordem alfabética de todas as receitas citadas no livro e também algumas sugestões de cardápio. Tem café da manhã, brunch, almoço do dia a dia, jantar a 2, happy hour e mais um monte de opções no menu.
Rita foi modelo internacional e viveu fora do Brasil dos 16 aos 20 anos. Mas com o tempo foi vendo o que realmente fazia seu olhinho brilhar: a gastronomia. Então, começou a estudar mais nos intervalos entre uma passarela e outra. E hoje está aí, no auge, super feliz e encantando a todos com suas deliciosas receitas e seus lindos livros.
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