Palco destinado a shows menores ficou pequeno demais para a popstar canadense
O Rock In Rio 2022 teve, entre suas atrações mais esperadas a popstar Avril Lavigne. Embora os grandes headliners da noite de ontem (9) fossem o Green Day, não é exagero dizer que a eterna porta-voz das meninas adolescentes rebeldes rivalizava em número de fãs com os americanos punks. Incontáveis clones de Varil eram vistas desde cedo na Cidade do Rock.
Quando o show começou, pontualmente às 21h30, a epifania estava instaurada. O espaço do Palco Sunset, que geralmente é de fácil trânsito, estava impenetrável e ensurdecedor. A cantora iniciou os trabalhos com o seu sucesso “das antigas” (2007 parece que foi ontem para esse que vos escreve, desculpem-me) “Girlfriend”, e o coro do público era mais audível do que o som do palco para quem estava mais longe.
Na sequência veio “Bite Me”, do novo álbum “Love Sux”, que a atual turnê divulga, e “What The Hell”, do disco “Goodbye Lullaby”, de 2011. O disco de estreia “Let’s Go”, sucesso instantâneo de 2002 apareceu na noite pela primeira vez com seu grande hit, “Complicated” cantado a plenos pulmões por meninas de 8 a 28 anos na Cidade do Rock. Outro clássico que veio logo a seguir foi “My Happy Ending”. O disco de 2022 retornou com “Smile” e “Love It When You Hate Me”, muito bem recebidas pela plateia fiel.
“Skber Boi”, clássico do primeiro álbum, encerrou a primeira parte do set relativamente curto, com 11 músicas (em São Paulo, mesmo sendo um show só dela, não foi muito maior que isso). O retorno ao palco para o bis se deu com Head Above Water, faixa-título do álbum de 2019. Depois de “Avalanche”, última de “Love Sux” da noite, Avril encerrou sua apresentação com “I’m With You”.
A cantora não precisou fazer muito esforço para deixar a massa sob seu poder. A apresentação foi até um pouco mais despojada do que seu costume. O interessante é ver o esforço da hoje mulher de 37 para ainda remeter à adolescente de 20 anos atrás.
Ao fim da apresentação a plateia parecia satisfeita, apesar de o setlist poder ter sido maior. Mas a grande reclamação fica por conta de a produção do evento ter subestimado o poder de fogo de Avril não escalando a estrela para o Palco Mundo. O Sunset ficou pequeno demais para tantos fãs, que eram tão numerosos que os que não chegaram cedo se posicionaram a uma distância que o som (bem menos potente do que o do Mundo) não chegava. Os berros de “aumenta o som” foram atendidos, mas ainda assim ficou abaixo do satisfatório. Fica a lição. Avril Lavigne no Palco Mundo da próxima vez.
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.
One Comment