Banda mineira de metal, Sepultura, se junta à OSB e franceses substituem Megadeth
O Palco Mundo do Rock In Rio Brasil 2022 teve uma abertura tão inusitada quanto esperada: a ambiciosa fusão do trash metal do Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira. E como se deu essa junção?
Colaboração entre metal e sinfônico não é novidade. A mais famosa é a do Metallica com a Orquestra Sinfônica de San Francisco. E essa parece ter sido a inspiração da banda mineira para o projeto. A inserção de “Riot in the Rite” de Stravinsky servindo de introdução para “Roots Bloody Roots” foi perfeita. Em “Kairos” ocorreu o inevitável abafamento dos instrumentos de cordas e sopro pelas guitarras e o vocal brutal de Derrick Green. “Machine Messiah” já se saiu melhor. A fase mais progressiva do Sepultura foi a que se beneficiou mais do adorno da colaboração com a OSB.
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O duelo de guitarra de Andreas Kisser com os instrumentos de corda na Nona Sinfonia de Beethoven por mais que possa parecer clichê, funcionou a contento. Já “Largo Inverno” de Vivaldi com Kisser no violão acompanhado da orquestra foi outro belo momento do show. Ela veio logo depois do clássico “Refuse Resist”, do álbum Chaos A.D. e antecedeu “Guardians of the Earth”, que encerrou a apresentação.
O Gojira veio preencher a lacuna deixada pelo “furo” do Megadeth. A banda francesa não tem o mesmo número de adeptos dos californianos, mas ainda assim era possível contabilizar fãs com camisa da banda pela Cidade do Rock. Como a maioria no gargarejo era formada por curiosos, e, claro, fãs de Iron Maiden, os integrantes precisaram incentivar a plateia a participar. Durante um breve solo, o baterista Mario Duplantier levantou uma placa em que se lia, em português, “mais alto” e foi atendido. Virou o outro lado em que estava escrito “vocês são fodas” e arrancou risos da plateia.
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O Gojira faz uma sonoridade influenciada inclusive pelos brasileiros do Sepultura, e os temas das letras giram em torno de questões sociais e ambientais, como na faixa “Other World” e “Amazônia”, sobre a destruição da floresta, que foi escolhida para encerrar a apresentação, e desencadeou gritos contra o presidente Jair Bolsonaro.
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