É capaz de, caso houvesse uma enquete, a maioria dos adolescentes falarem que seus pais dificultam a sobrevivência nessa fase tão difícil da vida. Pode ser por motivos de vergonha, pressão ou até alienação da vida dos filhos, mas eles sempre são tidos como os verdadeiros culpados por tudo de errado que acontece. Em “Runaways” (“Fugitivos”), a mais nova série baseada nos quadrinhos da Marvel, esse é o problema vivenciado pelos seis adolescentes da trama. Contudo, diferentemente das desavenças comuns que todos nós tivemos, a rivalidade entre gerações, nesse caso, é concreta, apesar de ser disfarçada e misteriosa.
A história criada por Stephanie Savage e Josh Schwartz (o mesmo de The OC, Gossip Girl”e, agora, Dynasty) envolve os dramas de Alex, Nico, Karolina, Gert, Chase e Molly. Todos os seis, completamente diferentes um do outro, precisam lidar com a morte da irmã de Nico, Amy, que era a sétima integrante do grupo. A série começa com a turma separada, por cada um sofrer com o luto do seu próprio jeito e terem utilizado esse momento trágico como desculpa para se afastarem.
No caso de Chase (Greff Sulkin), o garoto anda com os populares da escola e age exatamente como o estereótipo visto em todos os filmes adolescentes. Já Gert (Ariela Barer) e Nico (Lyrica Okano), ambas utilizam a mesma estratégia de defesa, mas sendo a primeira engajada e feminista e a segunda, gótica e fechada. Quanto a Karolina (Virgínia Gardner), por ser o exemplo de filha perfeita, expõe para o resto da escola uma alegria que não é verdade. Já Molly (Allegra Acosta), a irmã adotiva de Gert e caçula do grupo, precisa lidar com a descoberta de seus poderes. Por último, Alex (Rhenzy Feliz), o que mais tenta reunir novamente a turma, necessita lidar com a ausência de Amy.O episódio piloto, com quase uma hora de duração, traz a contextualização de como está a vida de cada um dos adolescentes, assim como a relação entre eles. Por mais que não seja nada explícito, tanto Alex e Nico, como Gert e Chase têm uma tensão no ar. Em relação ao primeiro casal mencionado, parece que é recíproco, porém, no caso do segundo, Gert aparenta estar sozinha nesse sentimento.
Além das intrigas entre os jovens, sutilmente, é mostrado o convívio de cada um deles com suas devidas famílias. A maioria com os pais repressores e sem possibilidades de diálogo, Gert e Molly, ao que tudo indica, conseguiram os pais mais “leves” de se lidar, apesar de serem peculiares.
Já nesse início de temporada, os adultos são apresentados com diversos segredos e, inclusive, formam um grupo, chamado de “Orgulho”. Cada qual com seu projeto individual, todos parecem se reunir e se beneficiar do cargo na igreja de Leslie (Annie Wersching), mãe de Karolina. Logo nos primeiros minutos do capítulo, uma menina é mostrada como fugitiva de casa e é levada, por livre e espontânea vontade, por uma van da igreja local. Mais tarde, iremos descobrir que essa situação terá uma ligação fundamental com a organização secreta dos pais.A princípio, a obra da ABC seria uma versão americana da novela Malhação, da Rede Globo. Contudo, conforme o caminhar da narrativa, o mistério vai surgindo e o horário da programação é modificado. Ainda sendo uma série voltada para um público mais jovem e, não necessariamente, fã dos quadrinhos, “Runaways” convida os interessados em heróis e suspense para mais uma produção da Marvel.
Com o primeiro episódio não é possível ter muitas teorias, nem entender o que, de fato, se passa no grupo “Orgulho” e o que aconteceu com Amy. Mas, um fato é concluído no final: os seis irão se unir novamente, seja por saudosismo ou por sobrevivência.
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