Este texto contém Spoilers
O longa “Enola Holmes 2”, dirigido por Harry Bradbeer e com produção executiva da própria Millie Bobby Brown, repercutiu positivamente na mídia. Os espectadores relatam que o plot tão esperado do filme é satisfatório e intrigante, perfeito para um filme de investigação.
A obra cinematográfica se diferencia do primeiro filme por utilizar um fato histórico como base para o roteiro, a greve das trabalhadoras de 1988. O movimento se iniciou com um artigo de Annie Besant, ativista pelos direitos das mulheres. No artigo era possível encontrar os relatos sobre as condições de trabalho nas fábricas, as operárias ficavam em contato direto com um conteúdo químico tóxico utilizado nos fósforos brancos, portanto elas começaram a ficar doentes pela então conhecida doença “Mandíbula de fósforo”, que acometia a necrose das mandíbulas. Com muitas funcionárias chegando a falecer devido a exposição, a insatisfação só aumentava, além disso recebiam salários baixos e eram punidas exageradamente, inclusive até por conversarem durante o trabalho.
Com o uso da história verídica, o público simpatizou ainda mais com a obra por ela desenvolver uma conexão com a realidade, uma identificação. Outro ponto positivo foi as presenças femininas marcantes no decorrer da obra. A própria personagem principal, Enola Holmes (Millie Bobby Brown), já possui uma personalidade única, conversando sempre com o público e quebrando a quarta parede. Sua relação com seu irmão, Sherlock Holmes (Henry Cavill), foi mais explorada nesse filme, podendo observar a ligação que ambos criam um com o outro. Enola também se aproxima de personagens que cativaram o público em seu último filme, como sua mãe, Eudora Holmes (Helena Bonham Carter) e a amiga Edith (Susie Wokoma), ambas figuras femininas fortes. O antagonismo também não foge dessa premissa, tendo como vilã uma personagem tão esperta quanto Sherlock e Enola.
O filme desperta todas as sensações que se compromete a passar, cumprindo as expectativas com tempo e organização de acontecimentos satisfatórios e envolventes. Outro plus que o filme deixa para os espectadores é o final, em que Sherlock finalmente encontra seu parceiro Watson. Ambos são apresentados por Enola, e a cena deixa aquele gostinho de “quero mais” e a dúvida sobre uma possível continuação.
“Enola Holmes 2” já está disponível na Netflix.
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