Cineasta brasileiro internacionalmente conhecido por suas animações (“A Era do Gelo”, “Rio”, “O Touro Ferdinando”) e mais recentemente por trabalhos live action (“Cidade Invisível”), Carlos Saldanha compartilhou sua experiência com o universo cinematográfico, as animações, deu dicas de como começar e mostrou bastidores das suas produções, além de spoilers do que vem por aí.
Novos caminhos, mesmos sonhos
Quem acompanha os bastidores dos estúdios deve saber que a vida de Carlos Saldanha deu um giro 180º com a venda da Blue Sky para a Disney, que posteriormente dissolveu o estúdio, forçando o cineasta a recomeçar um trabalho de mais de vinte anos.
Na palestras, não apenas contou, como demonstrou seu método de trabalho, erros e aprendizados. Assumir “A Era do Gelo 2” com um prazo bem restritivo de entrega foi uma das provas de fogo para sua projeção internacional. Como brasileiro, porém, havia um sentimento de querer entregar algo com o espírito de sua terra natal, ainda pouco explorada na cinematografia com um olhar mais alegre, mas também realista, foi daí que nasceu “Rio” – nessa ocasião, aproveitou para ressaltar sua admiração por “Cidade de Deus”. O desafio era contar uma história que fosse relatável e interessante tanto a brasileiros quanto o público mundial.
Para mostrar bastidores de seu trabalho, Saldanha exibiu uma série de trechos exclusivos e secretos, quanto a reprodução integral de curtas produzidos e premiados, como “Gone Nutty” e comparação quadro a quadro de membros da extinta Blue Sky criando atuações de referência para o material animado.
Na sua nova fase vieram trabalhos live action como “Cidade Invisível” e “How to be a carioca”. Quando perguntado qual foi o choque de fazer essa transição de formatos, Saldanha disse que a grande dificuldade é que, diferente da animação, onde pode voltar e consertar, mudar de ideia, o live action exige muito timing para aceitar ou não um take, mas que justamente por isso é um trabalho tão recompensador.
Seguindo a tônica sempre de querer contar boas histórias – partindo de premissas simples e ouvindo sua equipe – não importa o formato, encerrou anunciando o desejo de retornar plenamente à animação e, por ora, sua próxima aposta, o filme live action com elementos de animação “Harold and the Purple Crayon“, adaptação de livro homônimo (1955), por Crockett Johnson, O público pode ver um trailer exclusivo à CCXP, material inédito que só deve ser anunciado por volta do mês de janeiro de 2024.
Minutos após o painel acabar, Saldanha continuava cumprimentando, assinando e tirando selfies com fãs no off-stage (além de aconselhando), até o momento que deu o horário para início do painel seguinte.
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