Se existe um assunto que nunca morre e divide opiniões é o famigerado clichê. Geralmente é conhecido de forma negativa, mas sempre encontraremos seus defensores. Em grupos de escrita nas redes sociais o assunto sempre volta à tona. Existem até mesmo listas com elementos que sempre aparecem nos clichês de livros do Wattpad, como: “Fiz um coque bagunçado”, “Peguei uma maçã verde e fui comendo no caminho”, A mocinha que se acha feia, mas na descrição é uma modelo ou atriz de Hollywood, “o triângulo amoroso”, “nerd e popular” e muitos outros. Isso sem falar nos livros “HOT” que seguem o modelo “Cinquenta tons de cinza”, com o CEO bonito e arrogante e a mocinha submissa que o ensinará a amar. Tudo isso é sempre discutido nos grupos.
Mas essa matéria não é para criticar o clichê, é para analisarmos: será que é algo tão ruim assim? Bom, depende.
Se tratando do Wattpad, por exemplo, é uma plataforma onde encontramos vários tipos de escritores. Desde o iniciante até aqueles mais experientes na escrita, porém ainda não publicados ou não tão conhecidos pela maioria. Existem aqueles com o sonho de se tornarem escritores profissionais (alguns já o são inclusive) e outros que escrevem por hobby. Independente do objetivo, todos escrevem porque gostam. E mesmo aqueles que o fazem sem a finalidade de publicar fica incomodado quando chovem as críticas, principalmente quanto ao tão falado clichê.
Acontece que isso não é algo do qual dá para fugir, não totalmente. Se formos parar para pensar, quantos triângulos amorosos vemos nos livros e filmes? Quantas histórias de fantasia? Luta do bem contra o mal? Quantas Princesas esperando pelo beijo do amor verdadeiro? São histórias que sempre são contadas por alguém diferente e vai continuar acontecendo assim. A diferença está em como isso é trabalhado.
Alguns dos escritores iniciantes gostam das famosas fanfics e utilizam da escrita para ‘realizar o sonho” de ver seu personagem favorito vivendo tal situação, outros criam suas histórias com o próprio enredo e personagens, porém, seguindo um mesmo padrão colocando todos os elementos do tipo de história que gosta de ler. Será que isso acaba por matar o suspense, já que o padrão da história faz com que o leitor já saiba o que vai acontecer e como tudo vai terminar? Como fugir disso?
Como já foi dito, a forma de se trabalhar em cima de elementos já existentes em muitas histórias é que vai fazer a diferença. Exemplo: A mocinha se envolve em um triangulo amoroso. Só existe uma maneira de se contar essa história? Claro que não. O que pode acontece? Ela realmente vai se apaixonar pelos dois? Um deles presta e o outro não? Os dois prestam ou nenhum deles? Ela vai ficar com um deles no final ou vai aparecer outra pessoa? Ou decidirá seguir sozinha? E o fundo dessa história? Onde vivem os personagens, quem são as pessoas à sua volta, que importância tem na vida deles, etc. Nota-se que as possibilidades são infinitas.
Quer outro exemplo? As Princesas. As histórias nós conhecemos de cor e já lemos inúmeras adaptações. Mesmo que saibamos o final, a expectativa não nos abandona. Podemos até citar uma delas para ser mais específico. Vejamos o caso de Cinderela. Antes de virar um clássico da Disney, foi contada por muitos autores, e sempre de uma forma diferente. É claro que sempre estavam lá a Madrasta, o baile, o Príncipe. Mas em algumas histórias Cinderela perdoava sua família, em outras, as irmãs tinham seus olhos devorados por pássaros. Sem contar as adaptações par o cinema.
Deve-se saber que existe uma parcela do público que gosta mesmo é de um bom clichê e não só não se importa como pede para exagerar bastante com tudo o que tem direito. Mas para aqueles que temem seguir por esse caminho saibam, que nem sempre podemos evitar o clichê, mas podemos contorná-lo e saber usá-lo a nosso favor.
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