Em outro segmento de muitas revelações sobre o passado e a série em si, Shingeki retorna com o episódio “Memórias do Futuro”, em um prelúdio tenso que revela que nem tudo o que aparentemente se sabia sobre o universo do anime era de fato verdade. Confira o resumo com spoilers do que rolou em “Shingeki no Kyojin” (Finale — Episódio 4).
“A odisseia de um pai ausente”?
Emendando no episódio passado, Zeke está sob controle dos caminhos e leva Eren pelas memórias de seu pai. A cena começa com os irmãos assistindo o médico pegar um bebê no colo, é Eren. O mais velho comenta o cinismo do genitor em estar tão alegre logo após abandonar amigos e parentes. A câmera muda e ambos agora observam Grisha, que teria usado sua profissão para se aproximar da família real e dar-lhes um golpe. Eren, apressado, afirma que já entendeu que o pai foi uma pessoa terrível e que não está mais sob efeito de lavagem cerebral — Zeke continua, pois não há motivo para terem pressa; eles têm todo o tempo do mundo.
A dupla está de volta para o esconderijo subterrâneo dos Reiss, surpresos que conseguiu se infiltrar tão rápido, pois só roubaria o Titã Fundador no dia da queda da muralha Maria, anos mais tarde. Zeke realmente se encontra assustado ao confrontar-se que o pai manteve-se nas sombras com o plano em suspenso para preservar Eren, que ainda era um bebê.
De volta para o famigerado porão, Grisha está dormindo e Zeke segue na defesa de sua tese, agora com uma concessão: o pai podia mesmo amar Eren, mas havia descartado aqueles de seu passado fora de Paradis. É aí que o mais novo o confronta com sua própria ironia, pois Grisha está dormindo junto de uma fotografia de sua família do outro lado das muralhas. O homem desperta e vê o filho, mas esse não pode ser Zeke, Grisha pensa, pois está enorme e cheio de barba. Zeke quer conversar, mas Eren, de cara fechada, o chama para a próxima memória.
Eren agora está com nove e Zeke, ao vê-lo como uma criança normal, feliz e sem traumas, não acredita em lavagem cerebral alguma, sim que Eren seguiu cegamente o que lhe fora pedido pelo pai e, por causa disso, não entende porque ele o traiu ainda assim. A visão torna para o dia em que Mikasa foi sequestrada e Eren matou os sequestradores. Agora mais velho, o Yeagar afirma que não será o irmãozinho frágil que Zeke queria, mas que irá roubar a liberdade que tentarem tomar dele — eles, afinal, não são iguais. Eren termina a acusação na cena virando a mesa: diz que quem está sendo manipulado na verdade é Zeke, pois por uma birra consigo mesmo, não consegue seguir em frente do fardo do pai e deseja contrariá-lo a todo custo.
…Ou tudo que aparentemente sabíamos
Zeke tem então uma prova em seu discurso de que se importa verdadeiramente com o caçula: apesar de já ter o controle do Fundador e poder moldar o mundo ao seu bel prazer, ele legitimamente quer primeiro salvar Eren desse engano que teria caído ao escolher seu caminho. Novamente no porão, o progenitor está escrevendo a carta que revelou o segredo do mundo que seria guardado pela chave de Eren por algumas temporadas, só para em seguida perceber que o filho, crescido, está o encarando com um olhar matador.
Durante um almoço, a pequena Mikasa deixa escapar que o irmão quer fazer parte da Tropa de Exploração, o que causa espanto na mãe, que pede uma repreensão por parte do pai. Grisha, todavia, está resoluto e simplesmente pergunta, de maneira fria, por que ele tem esse desejo. A cena que inicialmente soava obscura ao telespectador da primeira temporada ganha novo sentido quando Grisha está olhando não o Eren pequeno, mas o adulto. Pouco depois de sair de casa, o chefe de família tem uma visão aterradora: a queda da Muralha Maria.
Com isso, Grisha vai em direção ao esconderijo Reiss e confronta a realeza, informando quem é de verdade e suplicando para que parem o avanço dos titãs inimigos antes que o ataque ocorra. A então Fundadora, Frieda Reiss, em negativa diz que eles devem lidar com seus pecados e não renunciar o voto de renúncia da guerra, feito pelo seu antepassado Karl Fritz, pois seu Titã não poderia cair em mãos erradas, o que poderia ocasionar outro evento como A Grande Guerra Titã.
Zeke, enquanto observador, concorda com Frieda, mas lamenta que todos ali serão devorados em instantes. Grisha está para recuar, pois não deseja contrariar sua ética médica e matar pessoas, especialmente crianças, mas vê novamente Eren, que troca outro olhar fatal com o pai.
Grisha mais uma vez tenta negociar, implorando pela vida de sua família que vide em Shiganshina, na beira da muralha, pois justamente o apagar da memória dos Súditos de Ymir está usando esse problema. Frieda segue impassível e retruca, pois se os Eldianos continuarem na ignorância, serão só eles que sofrerão; um mal menor diante de sua dívida histórica. Grisha segue aterrorizado pela visão que teve do filho, que persiste encarando-o.
Para dar mais força a sua narrativa, Grisha admite que viu o futuro através do Titã de Ataque, um titã que historicamente sempre fora rebelde e serviu para contrabalancear os desígnios do fundador. Frieda diz nunca ter ouvido falar nisso, ao que o Yeagar responde saber, que o futuro está decidido e irá devorá-los e dar um fim à sucessão real. Porém, mais uma vez retrocede e dá indícios de não ser capaz de fazer a chacina.
É aí, porém que Grisha é confrontado enfim diretamente por Eren, que o questiona se tudo o que fez foi em vão, para poder dar a vingança a sua irmã devorada por cachorros e todos seus companheiros; ao ser essa figura incisiva a encará-lo com tanto desprezo, cria-se um paradoxo temporal, o que dá título ao episódio, “Memórias do Futuro”. Grisha se esfaqueia, transforma-se no Titã de Ataque e mata um a um, roubando o fundador.
Do lado de Fora, Grisha grita desesperado pelo que acabou de fazer, e para piorar, não tem certeza quando toda a desgraça irá acontecer, se ao menos sua esposa está a salvo. De joelhos e em prantos, o pai percebe que um homem loiro o encara, o qual tem certeza ser Zeke. Grisha pede perdão por ter sido um péssimo pai e que o ama profundamente. Somado a isso, implora para que o mais velho impeça os planos de Eren, pois a partir daí somente as vontades do mais novo vão prevalecer. Ambos retornam ao cenário dos caminhos, com Eren acorrentado.
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